Margaridas em marcha contra os retrocessos

Nos dias 13 e 14 de agosto, as ruas de Brasília serão tomadas por grandes mobilizações contra os retrocessos neoliberais do atual governo Bolsonaro. A Marcha das Margaridas, primeiro grande ato nacional das mulheres após a eleição, soma-se a agenda de lutas em defesa da Educação e da aposentaria. Serão dois dias de luta por soberania popular, democracia, justiça, igualdade, trabalho, renda e autonomia econômica. A concentração será a partir das 6h, no pavilhão do Parque da Cidade, e a saída às 7h em direção à Eslanada dos Ministérios. O ato de encerramento ocorrerá às 11h na Eslanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional.

A Marcha das Margaridas acontece a cada quatro anos desde a primeira edição realizada no ano 2000, com objetivo de apresentar a agenda política e as demandas das mulheres rurais para os poderes públicos. O nome da marcha se dá em homenagem a Maria Margarida Alves, agricultora e uma das primeiras mulheres a exercer cargo de direção sindical no país na presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande (PB). Sua trajetória na luta pela terra, justiça, igualdade e a conquista no ganho de diversas ações por direitos trabalhistas levou ao seu assassinato no ano de 1983, uma vez que desafiou os interesses de alguns prorietários de Usina de Canada Paraiba, que não admitiram a sua luta.

Desde o golpe de 2016, que tirou Dilma Rousseff da Presidência, acompanhamos o aumento das desigualdades sócio econômicas, da concentração de renda, do crescimento da violência, da fome e da pobreza. Em apenas sete meses o governo Bolsonaro desmontou inúmeras políticas públicas, com a privatização da Saúde, da Educação, das empresas públicas e a venda das nossas florestas e riquezas naturais para o capital transnacional.

Em 2019, mulheres rurais e urbanas estarão nas ruas juntas, resistindo à retirada de direitos conquistados e denunciando o carater entreguista neoliberal do atual governo de orientação neofascista. Nós, professoras e professores, nos somamos a essas pautas, pois no nosso cotidiano do ambiente escolar está presente o debate e a importância da educação no campo, da luta pelo acesso a creches e escolas de qualidade, da soberania alimentar e nutricional nas escolas rurais e urbanas.

A categoria dos(as) professores(as) é duramente atingida pela proposta criminosa da reforma da Previdência, assim como as(os) trabalhadoras(es) rurais que trabalharão até morrer ou morrerão de tanto trabalhar.

Os movimentos sociais e sindicais envolvidos estão há meses na preparação para a vinda à Brasília, organizando encontros, formações e caravanas. Entre varias parceiras, estará presente a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Marcha Mundial das Mulheres (MMM), a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), além da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais na Agricultura (CONTAG), principal organizadora. A atividade a ser realizada no Pavilhão do Parque da Cidade contará com a Mostra de Saberes e Sabores das Margaridas, momentos de formação e uma bela marcha, que sairá do Pavilhão do Parque da Cidade até o Congresso Nacional, onde se encerrara com um grande ato.

É nossa tarefa, professoras e professores do Distrito Federal, nos somarmos à Marcha das Margaridas por uma educação, saúde e previdência pública de qualidade, unindo forças e comprometimento com nossas lutas; afinal, somos todas margaridas!

 

Da luta eu não fujo

Maria Margarida Alves

 

14 DE AGOSTO DE 2019

BRASÍLIA – DF

  • Concentração: a Partir das 6h no Pavilhão do Parque da Cidade
  • Saída da marcha: 7h em direÇãOa Eslanada dos ministérios
  • Ato de encerramento: 11h na Eslanada dos ministérios em frente ao congresso nacional