Marcha refaz caminho da lama após um ano do crime da Samarco
Na véspera do aniversário de um ano do maior desastre socioambiental da história do Brasil, atingidos pela barragem de rejeitos de minério de ferro de Fundão, da Samarco (Vale/BHP Billiton), marcharão em sentido contrário ao trajeto percorrido pela lama.
Entre os dias 31 de outubro e 2 de novembro, cerca de 400 pessoas percorrerão toda a extensão do rio Doce, desde a sua foz, em Regência (ES), até o local do desastre, em Mariana (MG). Durante o percurso, estão previstos atos, assembleias, audiências públicas e aulas abertas à população local.
Programação
Nesta segunda-feira, 31 de outubro, em Regência (ES), ocorreu um ato político de abertura da marcha, às 8 horas, na Quadra da Escola, no centro do município. Às 13 horas a marcha seguiu para Colatina (ES), onde fez uma parada no calçadão da orla do rio Doce, localizado próximo à rodoviária. Já no período da noite, às 20 horas, os atingidos realizaram uma assembleia em Mascarenhas, distrito de Baixo Guandu (ES), na Quadra Esportiva localizada próxima à igreja católica.
Entrando em solo mineiro, os atingidos realizam nesta terça, dia 1° de novembro, uma Audiência Pública em Governador Valadares (MG). O evento ocorre às 10 horas, no Colégio Franciscano Imaculada Conceição, situado na Rua Tiradentes, 312, Centro. No período da tarde, a marcha realiza uma parada em Cachoeira Escura, distrito de Belo Oriente, onde fará uma caminhada pelas ruas da comunidade. À noite, ocorrerá ainda uma Aula Pública em Ipatinga (MG), às 19h30, no Ginásio Sete de Outubro, com a presença de estudantes do ensino fundamental e médio.
No último dia de marcha, no Dia de Finados, os atingidos realizam duas assembleias, uma em Rio Doce (MG), às 10h30, e outra em Barra Longa (MG), às 16 horas. No final do dia, a caravana segue à Mariana (MG), onde haverá o encerramento da atividade.
Encontro dos Atingidos
Após a marcha, os atingidos da bacia do Rio Doce organizam um encontro, em Mariana (MG), entre os dias 3 e 5 de novembro. No último dia, está prevista uma caminhada em Bento Rodrigues, comunidade rural impactada pelos rejeitos da barragem de Fundão.