Manifestação contra Bolsonaro, no sábado (3), lota a Esplanada dos Ministérios

 

 

 

Um dia após a oposição apresentar o “superpedido” de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), com 271 páginas e que atribui 23 crimes de responsabilidade a ele, milhares de brasileiros foram às ruas, no sábado (3), para exigir o impeachment do Presidente.

 

Um levantamento prévio da Campanha Nacional Fora Bolsonaro e das Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo dá conta de que mais de 800 mil pessoas participaram dos protestos em 312 cidades no Brasil e 35 no exterior foram às manifestações.

 

Brasília também lotou a Esplanada dos Ministérios e as redes sociais. Confira, ao final desta matéria, as fotos da manifestação. Na capital do País, o ato público começou às 16h, do sábado (3), e adentrou a noite.

 

 

 

Terceira onda

 

A terceira onda de manifestações, a exemplo das anteriores, nos dias 29 de maio e 19 de junho, deu um recado direto ao Congresso Nacional, especialmente ao presidente da Câmara dos Deputados, Arhur Lira (PP-AL), que está ignorando os pedidos de impeachment: o povo quer a destituição do presidente e tem muitas razões para isso. Em muitas cidades do País, Lira foi tratado como cúmplice de genocídio.

 

 

Muitas pessoas que perderam entes queridos levaram cartazes com os recados diretos. Em São Paulo, uma garotinha com um cartaz escrito “Cadê a vovó?” causou revolta e comoção na Internet. A avó poderia estar viva se Bolsonaro não tivesse negligenciado o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, se tivesse comprado as vacinas em tempo hábil e realizado tantas outras ações que um Presidente da República tem por obrigação realizar em tempos de pandemia.

 

 

Os atos foram convocados pelas centrais sindicais, movimentos sociais e partidos políticos e também explodiram nas redes sociais com recados para o deputado federal e presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que é quem pode encaminhar a destituição do pior Presidente da história do Brasil.

A manifestação foi pacífica, mas, determinada. Além das mais de 800 mil pessoas nas ruas, houve participação massiva nas redes sócias. O internauta Fabio Malini, do Mídia Ninja, deu uma notícia imporante: “Às 18h, os atos #3JForaBolsonaro bateram mais de 500k de postagens no Twitter. De novidade, a redução do escudo bolsonarista na plataforma em relação ao #19JForaBolsonaro. Nessa hora, naquele dia, eram 25% das interações dos RTs batendo nos protestos. Hoje, 9% (marrom)”.

 

 

O protesto foi contra a condução desastrosa de Bolsonaro em todos os aspectos, tanto na economia por causa da opção por uma política econômica neoliberal, que transforma com as reformas constitucionais (anticonstitucionais), apressadamente, o Brasil em neocolônia dos EUA e de outros países imperialistas, como no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 525 mil pessoas, que não dá para ignorar.

 

Para o Sinpro-DF, centrais sindicais, movimentos populares partidos políticos, cujos parlamentares não compactuam com o governo, passou da hora de o presidente da Câmara desengavetar os mais de 120 pedidos de impeachment protocolados na Casa Legislativa, incluindo aí o superpedido de impeachemant, protocolado na sexta-feira (2).

 

 

Na manhã desta segunda-feira (5), os petistas Fernando Haddad e Rui Falcão (SP) impetraram um mandado de segurança para obrigar Arthur Lira (PP-AL) a, no mínimo, analisar um dos pedidos de impeachment de Jair Bolsonaro. O mandado foi distribuído para a ministra Carmen Lúcia.

 

Por isso, mais 340 atos foram realizados neste sábado. As mobilizações reivindicaram também comida no prato e vacina no braço, auxílio emergencial de R$ 600, contra as privatizações, denunciam o genocídio, a miséria, fome, desemprego, retirada de direitos e vários ataques do governo, tudo isso capitaneado por Bolsonaro.

 

Confira imagens a seguir:

 

 

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