Mães da Resistência manifestam apoio à greve

Prezadas professoras e professores da Secretaria de Educação do DF,

Nós Mães da Resistência, manifestamos nosso total e irrestrito  apoio à greve das professoras e professores da Secretaria de Educação do DF. Como mães de crianças, jovens e adultos LGBTQIAPN+, que estudam nas escolas públicas do DF, chamamos  atenção de toda a comunidade para a necessidade de valorização da profissão docente como condição para que tenhamos uma educação de qualidade e inclusiva que reconheça, acolha e promova a todos, todas e todes.

O governo Ibaneis, desde o seu primeiro mandato, tem-se  alinhado com o autoritarismo e chegou a ser afastado este ano por não garantir a segurança do país em 8 de janeiro contra os atentados golpista. Vimos nesse período a violência sexista, capacitista e lgbtfóbica crescer no interior e no entorno das escolas. Para aumentar  seu próprio salário e do alto escalão do governo em 25%, sem parcelamento, não faltaram recursos. Porém,  para investir na educação, não  tem. As escolas públicas seguem sucateadas, várias escolas de EJA foram fechadas. É inaceitável que os/as docentes e orientadoras/es da educação pública do DF estejam com salários abaixo do piso nacional da categoria com mais de 30% de perda salarial em 8 anos sem reajuste . O descaso com  educação também se dá pela não realização de concurso público, o que aumenta a contratação temporária, o não suprimento de todas as carências  e dificulta a valorização profissional como prevista na meta 17 do PDE.

As professoras/es, bem pagas/os, saudáveis e convictas/os são imprescindíveis  na contrução de uma educação que trate todas as diferenças como  parte da complexidade humana que gera riqueza de conhecimentos e promove competências e habilidades  para o desenvolvimento educacional e humano de todes. Precismos desta categoria profissional para a construção de uma sociedade que supere as mazelas das desigualdades sociais, da exclusão e da violência que tanto tem afetado as escolas e, em especial, nossas filhas, filhos e filhes. Afinal, o Brasil é o pais do mundo que mais mata a população LGBTQIAPN+ e ocupa essa posição já faz 12 anos seguidos. Precisamos da educação para mudar essa realidade. 

Nos somamos à categoria na exigência que o GDF atenda suas reivindicações salariais e de condições de trabalho e qualidade de ensino.

TODO APOIO À GREVE DAS PROFESSORA E PROFESSORES DO DF!
IBANEIS, A EDUCAÇÃO NA RUA, A CULPA É SUA!

Girlayne Carvalho Machado
Presidente

 

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