“Lutamos para que suas filhas e seus filhos tenham direito a educação de qualidade”, diz diretora do Sinpro

No Dia do Trabalhador e da Trabalhadora – 1º de maio, professores(as) e orientadores(as) educacionais das escolas públicas realizaram diálogo intenso com a população do DF sobre a greve da categoria, que começa nesta quinta-feira (4/05).

A ação, um esquenta do movimento paredista, foi realizada em Ceilândia, no ato-político cultural realizado pela CUT-DF (Central Única dos Trabalhadores do DF).

“Nós lutamos que para que suas filhas e seus filhos tenham direito a uma educação de qualidade, contra a superlotação das salas (de aula), contra a violência e contra a desvalorização enfrentada pelos profissionais da educação”, discursou a diretora do Sinpro-DF Luciana Custódio, na atividade.

Com faixas, cartazes e panfletos, professores(as) e orientadores(as) educacionais mostraram à população que a greve é consequência do descaso do governador Ibaneis Rocha com a educação. Além do congelamento salarial de 8 anos, a categoria enfrenta a ausência de políticas públicas necessárias para que se estabeleçam condições adequadas de aprendizado, o que atinge diretamente a população.

Em 2015, o vencimento básico o magistério público do DF estava mais de 100% acima do Piso Nacional do Magistério. Hoje, pela primeira vez na história da capital do Brasil, a remuneração da categoria está abaixo do Piso, ou seja, é menos do que determina a lei.

“A luta pela educação pública deve ser uma luta de toda a classe trabalhadora. É com o direito ao acesso à educação pública de qualidade que a sociedade poderá se emancipar, ter consciência crítica e contestar o sistema. Só com a educação poderemos construir um mundo sem exploração, com direitos, emprego, renda e democracia”, avalia o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues, que é professor de História da rede pública de ensino do DF.

Luciana Custódio lembra que o ato foi apenas uma das demonstrações de que a categoria está unificada e mobilizada para o movimento grevista. “Essa greve é fruto da mobilização da nossa categoria, que é brava, combativa e não foge à luta. A conquista de vitórias depende do nosso poder de mobilização. Vamos juntas e juntos, em defesa da reestruturação da nossa carreira”, diz.

Professores(as) e orientadores(as) educacionais realizarão assembleia dia 4 de maio, quinta-feira, no primeiro dia da greve da categoria. A atividade será às 9h30, no estacionamento da Funarte.

 

Foto: Deva Garcia