Lula recebe resultado parcial do Plebiscito Popular com 1,5 milhão de votos

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu, no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira, 1º de outubro, o resultado parcial do Plebiscito Popular, iniciativa organizada pelas entidades que compõem as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, entre elas a CUT, em parceria com diversos movimentos sociais, estudantis, mulheres, entre outros.  A mobilização, que percorreu o país desde junho, reúne até o momento 1,5 milhão de votos em apoio a pautas consideradas centrais para a valorização da classe trabalhadora.

A consulta popular percorreu ruas, praças, fábricas, universidades e comunidades em todo o país, levando à população o debate sobre três reivindicações principais: a redução da jornada de trabalho sem redução de salários; fim da escala 6×1; isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e o aumento da taxação para quem ganha acima de R$ 50 mil mensais, como forma de garantir justiça tributária.

A entrega simboliza o encerramento de uma das maiores mobilizações populares do período recente. A iniciativa buscou não apenas recolher votos, mas também estimular o debate nacional sobre condições de trabalho mais justas no país.

Durante a entrega do resultado parcial, o presidente Lula parabenizou dirigentes sindicais, movimentos sociais e partidos de esquerda pela mobilização e ressaltou a importância do plebiscito como instrumento de participação popular. “Esse plebiscito que vocês me entregam hoje, mesmo de forma simbólica, representa uma novidade importante para a luta social no Brasil”, afirmou.

Ele destacou ainda o papel do processo na formação política da sociedade: “Quando uma pessoa se conscientiza, ela tem muito mais disposição para defender suas conquistas do que alguém que não sabe por que está lutando ou de onde vieram seus direitos”.

CUT presente no encontro

Para Milton dos Santos Rezende, o Miltinho, secretário nacional de Mobilização da CUT, o encontro foi um momento histórico para a luta da classe trabalhadora no Brasil.

“Foi um momento importante, na nossa luta que já vem sendo travada há muito tempo, trabalhando a necessidade de uma justiça tributária e também de discutir o mundo do trabalho, garantindo uma jornada digna para a classe trabalhadora”, afirmou Miltinho.

Ele destacou que a entrega simbólica dos 1,5 milhão de votos reforça a importância do plebiscito: “Entregamos para ele uma representação dos 1,5 milhão de votos que pede a isenção de imposto de renda para quem ganha até cinco mil reais e que os super-ricos paguem o imposto necessário para cobrir essa despesa”.

O dirigente lembrou que, apesar da celebração, a luta continua: “O encontro foi de muita felicidade porque o presidente está cumprindo uma promessa de campanha. Mas a luta não para. Sabemos que o momento da nossa luta é constante, mas temos que celebrar. O Congresso, com certeza, vai aprovar a isenção do imposto de renda e uma proposta de justiça tributária muito importante”.

Miltinho finalizou ressaltando o compromisso com os trabalhadores e o futuro do país: “Nós temos que comemorar, mas a luta continua, porque ainda há muito a mudar e a trazer de benefício para a classe trabalhadora, que transforma e desenvolve o país. Vamos continuar juntos na luta e torcendo para que 2026 seja um ano mais belo e forte. Este país merece um governo que realmente pense pela população, pelo povo trabalhador do nosso país”.

Estiveram presentes também na entrega do resultado parcial do Plebiscito Popular ao presidente Lula, Sérgio Nobre, presidente nacional da CUT, e Juvandia Moreira, vice-presidenta da Central.

Pressão nas ruas

O resultado parcial da consulta popular reforça o ambiente de pressão social em torno de pautas históricas. As propostas deverão ser discutidas no âmbito do Congresso Nacional, mas os movimentos sociais avaliam que a mobilização demonstra a capacidade da sociedade de se organizar e influenciar os rumos da política.

O ato no Planalto foi marcado por clima de celebração e unidade, com lideranças destacando que o plebiscito simboliza não apenas reivindicações trabalhistas, mas também a luta por mais direitos, justiça social e dignidade para quem constrói o Brasil.

Fonte: CUT