Live aborda quebra de patentes das vacinas, nesta terça 25

Embora a política genocida do governo federal seja determinante para que o Brasil registre quase meio milhão de vítimas fatais por covid-19, os imbróglios político-econômicos para a quebra das patentes dos imunizantes contra o vírus são decisivos para que pessoas continuem morrendo de uma doença que tem vacina. Para abordar a necessidade de liberação da fórmula e de todo processo tecnológico dos imunizantes, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) realizará nesta terça-feira (25) a live “Quebra de patentes da vacina e o direito à saúde”. A atividade será às 19h, pela página do Facebook e canal do Youtube da CNTE, com retransmissão pela página do Facebook do Sinpro-DF.

Para o debate, foram convidados o secretário de Relações Internacionais da CUT, Antonio Lisboa, a secretária da Saúde da CNTE, Francisca Seixas, e o vice-presidente da CTB, Divanilton Pereira.

“A falta de democratização no acesso às vacinas, além de gerar um número chocante de mortes, gera também a intensificação das desigualdades econômicas e sociais entre os países pobres e ricos; e isso gera exploração, morte e também geração de novas doenças e até epidemias. Nós não podemos aceitar que as vacinas, produzidas tão rapidamente, passem a ser commodities utilizadas apenas por países ricos. A vacina é um direito humano e, antes de tudo, uma questão ética. Elas foram descobertas em universidades, a partir recursos públicos nacionais. E agora, as farmacêuticas querem ampliar sua estrutura de poder em cima dessas vacinas, dominando a governança global”, alerta Antônio Lisboa, em matéria publicada pela CUT-DF.

A matéria da CUT-DF ainda explora que, “na corrida pelo acúmulo do lucro e a manutenção do poder, países como Estados Unidos e a maioria dos europeus, principalmente Itália, França e Alemanha se debruçam na preservação da propriedade intelectual das grandes corporações farmacêuticas com sede em seus países, na concentração dos imunizantes em seus territórios e na proibição da exportação das vacinas. A estratégia permite o controle de produção e de preços dos imunizantes, tornando-os economicamente inacessível aos mais pobres”. O material ainda apresenta estudo lançado pela The Economist Intelligence Unit (The EIU) em março deste ano. Segundo a pesquisa, enquanto a maior parte da população dos países ricos estará vacinada em meados de 2022, mais de 85 países em desenvolvimento “não alcançarão ampla cobertura de vacinação antes de 2023, na melhor das hipóteses”.

No último dia 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, a CUT deu peso à campanha em defesa da vida, com protestos em todo país. Com lema: “Salvar vidas e proteger o trabalho! Vacinas para todas e todos! Em defesa da quebra de patentes!”. A iniciativa foi realizada em consonância com a ação global deflagrada pela Confederação Sindical Internacional (CSI).