Letramento de gênero realizado pelo Sinpro nas escolas é levado para curso da EAPE
Combater o ciclo de violência contra as mulheres passa pelas escolas. Em reconhecimento ao engajamento e à atuação do Sinpro nesta temática, a Secretaria de Políticas para as Mulheres Educadoras do Sindicato foi convidada para realizar o fechamento do curso “Maria da Penha vai à Escola – violência contra mulheres”, promovido pela Subsecretaria de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (EAPE).
Na exposição, realizada no último dia 21 de novembro, as dirigentes do Sinpro Mônica Caldeira e Regina Célia dialogaram com as participantes sobre as ações desenvolvidas pela pasta ao longo dos anos letivos. Cartilha sobre a Convenção 190 da OIT (assédio moral no local de trabalho); 8 de Março nas Escolas; Maria da Penha Vai às Escolas com o Sinpro; Faça Bonito com o Sinpro; panfletaço sobre o que é relacionamento tóxico e atividades de vivência pessoal e coletiva na Chácara do Sinpro foram algumas das ações expostas pelas dirigentes sindicais no curso da EAPE.
“O retorno das participantes com a exposição do Sinpro foi muito bom. Inclusive, várias profissionais fizeram convite para que o Sindicato realize o trabalho de formação nas escolas que atuam”, disse a professora da Secretaria de Educação do DF e formadora em atuação na EAPE Gisele Dantas.
Segundo ela, que fez o convite para que o Sinpro participasse do curso, a atuação do Sindicato nas escolas deve ser reconhecida. “O Sinpro tem feito um trabalho de fortalecimento da discussão dessa temática (combate à violência contra as mulheres) na rede de ensino, divulgando para mais colegas a importância desse conteúdo à nossa categoria. Isso é muito importante”, afirma.
De acordo com a diretora do Sinpro Mônica Caldeira, “a penalização criminal não é suficiente para consolidar uma sociedade segura para as mulheres”. “Nós precisamos formar as pessoas sobre os direitos das mulheres, as desigualdades de gênero existentes, as legislações vigentes, a história de opressão vivida pelas mulheres. Essa é uma questão que deve ser tratada desde cedo, inclusive nas escolas, para que possamos formar cidadãos e cidadãs conscientes. E para que estudantes possam ser formados sob essa perspectiva, é preciso que tenhamos professoras e professores conhecedores do tema”, afirma.
Regina Célia, que também compõe a diretoria do Sinpro, lembra que “a luta pelo fim da violência contra as mulheres é uma pauta estrutural do Sindicato”. “O que é plantado nas escolas, floresce na sociedade. Temos que ter a consciência de que enquanto uma só mulher sofrer violência pelo fato de ser mulher, todas as outras também estarão suscetíveis, inclusive nós, professoras, orientadoras, mães, estudantes”, alerta.
O curso “Maria da Penha vai à Escola- violência contra mulheres”, da EAPE, é oferecido a professores(as) e servidores(as) da Educação, além de profissionais da Rede de Proteção de instituições. “O objetivo é fortalecer o enfrentamento das violências, sobretudo a doméstica e intrafamiliar contra crianças, adolescentes e mulheres”, afirma Gisele Dantas.
Formação
A unidade escolar da rede pública de ensino interessada em realizar formação sobre letramento de gênero, que aborda temas como desconstrução de estereótipos, promoção da igualdade, prevenção da violência, entre outros, deve entrar em contato com: Mônica Caldeira, telefone (61) 99951-6710; Silvana Fernandes, telefone (61) 99664-6314 ou Regina Célia, telefone (61) 99939-8917.
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