Lançamentos de publicações da Escola de Formação da CNTE encerra primeiro dia de CNE

cneprimeiro
O Conselho Nacional de entidades da CNTE se reúne no Hotel Nacional, em Brasília, nos dias 4 e 5, para debater, entre outros assuntos, o decreto n° 8752, que trata da formação dos profissionais da educação.
Na abertura do primeiro dia de reunião, o presidente da CNTE, Roberto Leão, destacou a importância dos profissionais estarem reunido. “Estamos passando por um momento muito difícil no país e a perda de direitos dos profissionais é iminente, por isso a importância de estarmos hoje aqui, para continuar a articular as mobilizações e prosseguir com o enfrentamento.
A primeira mesa de debate sobre o decreto 8.752, que dispõe sobre a política nacional de formação dos profissionais da educação básica, foi aberta pelo doutor em educação, Luiz Dourado.
De acordo com Dourado, os principais desafios para implementação do decreto são a execução do Sistema Nacional de Educação (SNE), o financiamento e consolidação da política nacional formação e o fortalecimento dos fóruns estaduais de apoio a formação, entre outros.
“Nossa expectativa é que possamos materializar, ou seja, garantir que os quatro cursos de tecnologia em educação, envolvendo infraestrutura, secretaria, alimentação e multimeios, para funcionários de escola e também professores, se efetivem da forma como foram pensados e definidos nas diretrizes curriculares”, ressaltou Dourado.
O Secretário de Funcionários da CNTE, Edmilson Lamparina, encerrou a manhã de debate dizendo que a matriz curricular de referência para o curso tecnológico de formação dos funcionários de escola será transformada em cartilha, para uma melhor consulta das informações. “A partir de agora, é necessário que iniciemos um trabalho junto aos institutos de ensino e universidades para ofertarem os cursos de formação”, informou.
No período da tarde, os educadores puderam participar de um debate sobre o PLP 257, que trata da renegociação da dívida dos estados e que tem como condicionantes a perda de direitos dos trabalhadores, e a PEC 241, que congela os gastos públicos por 20 anos, e as consequências da aprovação desses projetos para a saúde e a educação.
Segundo o doutor em Ciências Sociais, Luiz Alberto dos Santos, o PLP 257 já está em fase de discussão em plenário e a admissibilidade da PEC 241 ainda não foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
“Mas o governo tem o interesse de que essas matérias sejam apreciadas e aprovadas até outubro desse ano, para que ele possa dar início já no ano de 2017 a concretização dessas medidas de ajuste”, afirmou Santos.
“Essa será uma gestão privatizante dos recursos públicos e dos aparelhos e funcionários do Estado, especialmente, em áreas essenciais à população brasileira como a Educação e Saúde”, avalia o representante da CUT no Conselho Nacional de Saúde, Geordeci Menezes de Souza.
Lançamentos
Foi lançada no evento, a 18ª edição da revista Retratos da Escola, publicada pela Escola de Formação da CNTE – Esforce. A revista que é semestral foi criada em 24 de abril de 2007 e propõe-se a examinar a educação básica e o protagonismo da ação pedagógica no âmbito da construção da profissionalização dos trabalhadores em educação, divulgando e disseminando o conhecimento produzido e estimulando inovações na educação básica.
Membro do Comitê Editorial da Revista Retratos da Escola, da CNTE, Juçara Dutra, explica que a edição está bem completa e traz informações sobre “Valorização profissional, piso salarial e carreira”.
Outra publicação lançada durante a reunião, foi o eixo 4, fascículo 2, do programa de formação de dirigentes sindicais, com o tema, Educação para as Relações Etnicorraciais. O fascículo, que teve a coordenação da secretária de combate ao racismo da CNTE, Iêda Leal, também é uma realização da Esforce.
“Estou muito feliz com esse lançamento, que foi muito bem pensado e discutido. Trata-se de um material riquíssimo de leitura fácil e elaborado com muito cuidado, para ser instrumento para subsidiar toda a sociedade a se engajar contra todo o tipo de preconceito”, avaliou.
O fascículo teve a equipe de pesquisa e produção de texto composta pela professora da Coordenação de Filosofia e Ciências Humanas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás, Janira Sodré Miranda, pelo professor do Departamento de Formação de professores da Faculdade de Educação da baixada fluminense, UERJ, Luís Cláudio de Oliveira e pela professora da Rede Estadual de Goiás, Roseane Ramos Silva.
“Nos orgulhamos muito dessas publicações, que são referência para outras instituições, educadores e quem quiser obter conteúdo de primeira qualidade na área de educação”, ressaltou o presidente da CNTE, Roberto Leão.
Nesta sexta-feira, o CNE se reúne para discutir os desafios da conjuntura e validar o calendário de greve e mobilizações pelo Brasil.
Veja a cobertura fotográfica completa do CNE na página da CNTE no Facebook.