Judiciário aumenta o risco ao patrimônio do povo brasileiro

“Ao conjunto da população brasileira, cabe a responsabilidade de defender seu patrimônio, suas riquezas e a soberania nacional contra os interesses do sistema financeiro e do capital internacional,” afirma Rodrigo Britto, presidente da Central Única dos Trabalhadores – CUT Brasília.

A frase de Britto foi divulgada após receber informações sobre a decisão da Seção de Dissídios Coletivos do Tribunal Superior do Trabalho – TST que, nessa segunda (11), por seis votos a quatro, rasgou a Constituição Federal ao considerar “ato abusivo” as paralisações ou greves contra a privatização das estatais.

Tal medida do judiciário fortalece a política entreguista do Planalto e Buriti que põe em risco empresas nacionais importantes, a exemplo dos Correios, Caixa, Banco do Brasil e Eletrobras; e do Distrito Federal, como Caesb, CEB e o BRB.

Segundo o diretor do Sindicato dos Urbanitários no Distrito Federal (Stiu/DF), Ikaro Chaves, a argumentação utilizada na decisão do TST não faz sentido, por considerar que as privatizações não têm impacto na vida laboral dos trabalhadores.
“A classe trabalhadora sempre soube que uma das consequências das privatizações é a precarização do trabalho e, via de regra, a demissão em massa. Vimos isso acontecer com a Celg e as distribuidoras da Eletrobras que foram privatizadas ainda em 2018, resultando em centenas de demissões. Portanto, nós encaramos essa decisão com total indignação e vamos tomar várias medidas, inclusive recorrendo a órgãos internacionais como a OIT, para denunciar esse verdadeiro ataque à liberdade sindical praticado pelo TST”, concluiu.

Fonte: CUT Brasília