IV Circuito de Ciências reúne mais de 200 projetos de estudantes da rede pública

Mais de 2 mil estudantes participam do IV Circuito de Ciências das Escolas da Rede Pública de Ensino, etapa distrital. Na grande feira montada no Estádio Mané Garrincha, mais de 200 projetos são apresentados ao público. Os trabalhos foram desenvolvidos em sala de aula, com a orientação dos professores, e trazem a responsabilidade social como peça-chave, além da preocupação com o meio ambiente no desenvolvimento de tecnologias limpas.
“Esses trabalhos representam e materializam o esforço e a garra de estudantes, professores e coordenadores em estimular a criação de projetos científicos nas escolas. Todos eles trazem conteúdos de ciências aplicados na rede pública do DF, no qual ganham mais força a cada ano que passa”, explicou a subsecretária de educação, Edileuza Fernandes à Agência Brasília.
Até sábado (20), mais de 200 projetos de alunos do Ensino Infantil até o EJA e da educação profissional serão expostos em vários estandes espalhados pela arena. Desse total, 40 serão selecionados para serem apresentados na XI Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, marcada para ocorrer entre 13 e 19 de outubro.
MEIO AMBIENTE – O projeto Redescobrindo a Lâmpada Moser, trabalhado pelos alunos do quarto ano da Escola Classe 510 do Recanto das Emas, recria uma das invenções do mecânico Alfredo Moser. A experiência constitui em instalar, em pontos fixos no telhado, garrafas pet com água para que a casa se mantenha iluminada durante o dia, usando a luz do sol para economizar energia elétrica.
Outro projeto que buscou fontes de energia alternativa foi o dos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental Telebrasília do Núcleo Bandeirante. Eles desenvolveram um foguete movido a ar comprimido que chega a atingir uma altura de 60 metros. A invenção substitui os combustíveis fósseis geralmente utilizados.
Aos 17 anos e cursando o 3º ano do Ensino Médio, o estudante Guilherme Carrijo criou um minicarro desenvolvido a partir de materiais recicláveis. “Ganhei o chassi de um kart e juntei os materiais que comprei em um ferro-velho, como o volante e os freios”, explicou.
Ele faz parte do projeto para alunos de Altas Habilidades -voltado para estudantes superdotados e apoiado pelo GDF- e ganhou incentivo para desenvolver o projeto na Escola Classe 411 Norte. “Eu gosto de carros e misturei minhas habilidades em matemática e física para criar esse carro, assim como já criei um avião de controle remoto e um barco, também controlado eletronicamente”, afirmou.
Segundo a chefe do Núcleo de Ciência e Tecnologia da Coordenação de Ensino Fundamental da Secretaria de Educação, Ana Karina Braga Isac, “a qualidade dos trabalhos está melhor, em comparação aos anos anteriores, devido aos cuidados e avanços no currículo da educação básica do DF”.
Para ela, o aluno ganha incentivo para desenvolver seus projetos que ajudam na formação profissional de cada um deles. O circuito representa um investimento da Secretaria de Educação para o conhecimento científico e no currículo e formação dos estudantes.
(Da Agência Brasília)