Inscrições abertas para o curso “Visões de África e visibilidade da população preta do DF”

O Sinpro-DF informa que estarão abertas, entre 1º e 22 de abril, as inscrições para o curso de formação “Visões de África e visibilidade da população preta do DF”. O curso é gratuito e conta com apenas 25 vagas.

Contemplado no FAC Multicultural 2021 e promovido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), em 2021, o curso tem como parceiro o Instituto Bem Cultural (IBC) e será realizado na Biblioteca Nacional de Brasília (BNB).

Serão ofertados nove encontros presenciais, no auditório principal da BNB, entre maio e junho de 2022, sob a orientação de professores de instituições de ensino públicas e privadas.

Dentre essas instituições, destaque para Universidade de Brasília (UnB); Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Instituto Federal de Brasília (IFB); dentre outros centros de pesquisa e extensão. A coordenação pedagógica e a direção são da historiadora e africanista Juliana Lage.

“O curso de Áfricas foi concebido a partir da necessidade de instrumentalizar professores(as) e demais quanto ao estudo das sociedades africanas pré-coloniais, suas sociedades, reinos, estrutura social e política, a importância da oralidade e compreender as intercessões entre Áfricas e Brasil, visto que nossa sociedade é devedora do seu legado”, afirma Juliana.

Um dos principais objetivos do projeto é a diversidade no trato com as fontes históricas africanas e a apresentação de autoras negras presentes em nações africanas, como a socióloga nigeriana Oyeronke Oyewumi e a filósofa brasileira Djamila Ribeiro. Há também o intuito de resgatar a importância da implantação da Lei nº 10.639/2003, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de “História e cultura afro-brasileira”  nas disciplinas das grades curriculares dos Ensinos Fundamental e Médio.

“A ideia é proporcionar, aos participantes, subsídios para narrativas menos eurocêntricas e colonialistas acerca das sociedades africanas. Além disso, analisaremos a presença do afro-brasileiro sob nova perspectiva, possibilitando a visibilidade de figuras marcantes na constituição da nossa sociedade, como Ferreira de Menezes, Luiz Gama, Sueli Carneiro, Lima Barreto, Arthur Carlos e muitos outros protagonistas da história brasileira”, ressalta o release da equipe de produção do curso.

Os(as) organizadores(as) também salientam o fato de os estudos africanistas serem de suma importância para a compreensão de suas culturas e povos. Até o fim do século XIX, a presença europeia na África era pontual, reduzida a alguns pontos do litoral. O continente apresentava diversificada experiência social e múltiplos fenômenos culturais.

“O continente era governado por vários impérios, reinos e cidades-estados constituídos de forma autônoma e independente. A História Atlântica visibiliza intensas relações entre sociedades africanas e políticas no Brasil. O que se passava de um lado do Atlântico, repercutia no outro lado”, informa a equipe.

No release, os(as) organizadores também destacam o fato de que “pensar os efeitos do colonialismo e a construção do racismo em nossa sociedade também fazem parte do debate, uma vez que é necessário promover a descolonização do pensamento e das produções teóricas e do conhecimento acerca do continente africano”.

Dentre os participantes do corpo docente do curso, a equipe ressalta a participação do doutor Rafael Sanzio, professor titular da Universidade de Brasília (UnB) e diretor do Centro de Cartografia Aplicada e Informação Geográfica (CIGA); coordenador dos Projetos Geografia Afro Brasileira: Educação & Planejamento do Território (Projeto GEOAFRO) e Instrumentação Geográfica, Educação Espacial e Dinâmica Territorial.

Dra. Selma Pantoja, professora e especialista em História da África, pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional/UnB e do Programa de Pós-graduação em Ensino da História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Dr. Guilherme Lemos, professor da UnB. Homem negro pertencente aos povos tradicionais de matriz africana por meio do terreiro Tumba Nzo Ana Nzambi (Família Tumba Junsara). Na comunidade, atende pela djina (nome) Ndundufurama desde sua iniciação em 2015. É historiador e professor efetivo do Instituto Federal de Brasília (IFB). Possui graduação e mestrado em História pela UnB. Atualmente, docente do IFB.

Juliana Lage, historiadora pela PUC/MG, pós-graduada em Culturas Negras no Atlântico – História da África e dos Afrodescendentes/UnB. Realizou projetos de inserção curricular das Histórias das Áfricas com base na Lei nº 10.639/2003; palestrante sobre as identidades brasileiras: relações entre Brasil e continente africano. Organizadora e coordenadora do curso sobre o “Ensino da História da África e Afrodescendentes no Brasil, segundo a Lei 10.639/2003″. É organizadora e coordenadora do Seminário “Inclusão Étnico-racial e a Lei 10.639/2003, obrigação ou cidadania?” – Sinpro-EP/DF; escritora de tese sobre Lima Barreto.

 

Apresentação de inauguração com Nãnan Matos

 

O curso será inaugurado com um show da cantora Nãnan Matos, cuja apresentação será realizada no dia 6 de maio de 2022, às 19h. A cantora, desde sua origem, foca sua arte na renovação entre Brasil e Áfricas, cultivando e transmitindo valores e saberes ancestrais afro-brasileiros e africanos por meio do canto, percussão, dança, fala e ativismo político-cultural. Há 15 anos, a ativista e arte-educadora compõe a cena brasiliense e nacional com projetos artísticos de resgate, explosão, energia, dança, batuque, multilinguagens e sempre apostando na conexão ancestral e contemporânea para impactar de forma construtiva e positiva.

 

 

Serviço

Etapa 1        

Inscrição:

Período: 1º a 22 de abril de  2022

Acessar o Link:  https://docs.google.com/forms/d/1ShqV-zsNbNPvj098eJDKngVj6gp1U0lGTanHW5NkY8U/viewform?edit_requested=true 

 

Público-alvo

Professores das redes pública e privada de ensino do DF e Entorno, além do público em geral. (Não há pré-requisitos)

Número de participantes: 25 (vinte e cinco)

 

Etapa 2

Curso de formação presencial

Período: de 6 de maio a 3 de junho de 2022.

Local: Biblioteca Nacional de Brasília (BNB)

 

Local

Biblioteca Nacional de Brasília (BNB)

Endereço: Setor Cultural Sul – SCTS Lote 2 – Ed. Biblioteca Nacional de Brasília

Telefone: (61) 3325-6257 – E-mail: bnb@cultura.df.gov.br

Horário de funcionamento:

Segunda a sexta-feira: 8h às 20h
Sábado e domingo: 8h às 14h

Agendamento prévio para empréstimo on-line: gat.bnb@cultura.df.gov.br

Consulta do acervo: www.bnb.gov.br

E-mail: bnb@cultura.df.gov.br

Site: Biblioteca Nacional de Brasília (bnb.df.gov.br)

Instagram: Biblioteca Nacional Brasília (@bibliotecanacionaldebrasilia)

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Fundo de Apoio à Cultura – FAC
Este projeto é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura  do Distrito Federal – FAC/DF