Grupo LGBTI analisa estratégias de mobilização para promover os direitos humanos

 2019 07 19 destaque congresso

Nesta sexta-feira (19/7), começou o 8º Congresso Mundial de Educação, em Bangkok, na Tailândia. O primeiro dia de debates do evento, realizado pela Internacional da Educação (IE), concentrou-se nos direitos LGBTI e em como apoiá-los através de alianças com grupos afins, em direção a um discurso e objetivo comuns.

Um dos pontos abordados foi a importância de os direitos LGBTI serem prioridade nas agendas das organizações sindicais. Mais pessoas LGBTI devem ocupar posições de liderança dentro dos sindicatos, com o objetivo de manterem a luz sobre os desafios que enfrentam em termos de direitos humanos, violência e assédio. Não se trata apenas dos direitos dos homossexuais – trata-se de direitos humanos fundamentais.

Os delegados também ouviram como a natureza interconectada das categorizações sociais, como raça, classe, orientação sexual, religião e gênero se sobrepõe para criar mais discriminação em relação aos alunos e professores da LBGTI. A interseccionalidade foi descrita como estando presente em três níveis da sociedade – individualmente, simbolicamente (como as pessoas LGBTI são representadas na mídia e nas mídias sociais) e estruturalmente dentro das instituições, em termos de procedimentos e políticas.

Os participantes do painel também descreveram a situação nos Estados Unidos à medida que a administração Trump continua a implementar propostas regressivas de direita que levam o relógio de volta aos anos 60, em termos de ganhos em direitos humanos. Na Inglaterra, a violência e o bullying nas redes sociais são uma questão permanente que precisa ser abordada. Na Austrália, o sindicato de professores foi eficaz em sua campanha “Vote Sim” para afirmar os direitos LGBTI.

Em geral, ainda há muito a ser alcançado, pois este é um desafio contínuo para educadores e estudantes. É necessário garantir a solidariedade, construir relacionamentos com os parceiros da comunidade e ressaltar o trabalho dos sindicatos de professores para promover os direitos LGBTI.

O Congresso

O evento, que conta com a participação de educadores de 151 países, tem como finalidade determinar as políticas, princípios de ação, programa e orçamento da organização, e elege o presidente, vice-presidentes e secretário-geral, bem como outros membros da Diretoria Executiva da IE. O Congresso Mundial é composto de delegados nomeados e representantes das organizações membros. Participam do evento o presidente da CNTE, Heleno Araújo, a secretária geral, Fátima Silva, e o vice-presidente mundial da IE e secretário de Relações Internacionais da CNTE, Roberto Leão.

Também participam os demais membros da CNTE: Ana Cristina Guilherme, Berenice D’Arc, Bia de Lima, Carolina Muniz, Christovam Mendonça, Gabriel Magno, Helenir Aguiar, Iêda Leal, José Carlos Bueno (Zezinho), Julliana Tenório, Marilda de Abreu, Marlei Fernandes, Marta Vanelli, Paulina Pereira, Raimundo Oliveira, Rosana Nascimento, Rosilene Corrêa, Selene Barboza Michielin, Suely de Fátima, Zenaide Honório.

(Com informações da IE)