Greve começa intensa em todo o Brasil. Petroleiros exigem suspensão do leilão de Libra

Além das áreas operacionais, participam da greve os petroleiros do setor administrativo e terceirizados

Em protesto contra o leilão do Campo de Libra e por avanços na campanha reivindicatória, os trabalhadores do Sistema Petrobrás, próprios e terceirizados, iniciaram no final da noite desta quarta-feira, 16, greve por tempo indeterminado em várias refinarias e terminais do Sistema Petrobrás. A greve prossegue nesta quinta-feira em todas as refinarias, terminais, plataformas, campos de produção e demais unidades operacionais das bases da FUP.

Segundo informações dos sindicatos, a adesão dos trabalhadores de turno é de 100%. A operação está sendo mantida nas maioria das regiões do país pelas equipes de contingência da Petrobrás, formadas por gerentes, supervisores e outros profissionais que normalmente não executam as tarefas de rotina das refinarias, plataformas e  terminais, o que coloca em risco a segurança das equipes e das próprias unidades.
Outro ponto central da greve é a retirada de tramitação do Projeto de Lei 4330, que sob o pretexto de regulamentar a terceirização, piora consideravelmente as condições de trabalho e ataca direitos históricos da classe trabalhadora.
Na Bacia de Campos, a greve teve adesão de pelo menos 39 plataformas, que foram entregues pelos trabalhadores às equipes de contingência que a Petrobras embarcou. O Sindipetro NF tem informações de que 15 unidades foram entregues com a produção de petróleo parada. O sindicato realiza agora pela manhã um trancaço no Terminal de Cabiúnas e na sede da UO-Rio, em Macaé.
Em Duque de Caxias, a adesão à greve é de 100% dos trabalhadores. Ninguém entrou na Reduc, Terminal de Campos Elíseos e na Termorio. Agora pela manhã, o sindicato realiza uma grande mobilização na Rodovia Washignton Luiz, que está fechada no sentido Petrópolis.
Nos campos de produção terrestre da Bahia, os petroleiros anteciparam a paralisação para as 20 horas nas estações de Candeias, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passe, Socorro, Marapé e Dom João.
Estão parados os trabalhadores das refinarias de Duque de Caxias (Reduc/RJ), Manaus (Reman/AM), Paulínia (Replan/SP), Mauá (Recap/SP), Mataripe (Rlam/BA), Gabriel Passos (Regap/MG), Paraná (Repar), Alberto Pasqualine (Refap/RS), Abreu e Lima (PE), além da SIX (unidade de Xisto/PR), da FAFEN (fábrica de fertilizantes/BA), Termorio (Duque de Caxias), usinas de Biodiesel e termoeletricas.
A greve também segue forte nas plataformas da Bacia de Campos e campos terrestres de produção de petróleo na Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Norte.
Na Transpetro, a greve atinge os terminais de Solimões (AM), Suape (PE), Madre de Deus (BA), Campos Elíseos (Duque de Caxias/RJ), Cabiúnas (Macaé/RJ), Guararema (SP), São Caetano (SP), Barueri (SP), Brasília, São Francisco do Sul (SC), Itajaí (SC), Guaramirim (SC), Biguaçu (SC), Paranaguá (PR), Osório (RS), Canoas (RS) e Rio Grande (RS).
Além das áreas operacionais, participam da greve os petroleiros do setor administrativo e trabalhadores terceirizados.
Ao longo desta quinta-feira, vários atos e manifestações contra o leilão de Libra serão realizados nas unidades da Petrobrás e nas principais capitais do país, com participação dos movimentos sociais e centrais sindicais.

Escrito por: FUP