Governo Rollemberg mais uma vez descumpre acordo, mantém calote e posterga prazos para cumprir a Lei

Dentro da semana de valorização do servidor público, a Comissão de Negociação (formada por representantes do Sinpro e do SAE (Sindicato de Assistência à Educação), se reuniu com Wilson de Paula (Secretário de Fazenda) e Marcio Gimenez (Subsecretário de Relações de Trabalho e Terceiro Setor) na manhã desta sexta-feira (27), no prédio anexo do Buriti.
Do lado de fora, professores (as) e orientadores (as) educacionais da ativa e aposentados(as), e servidores(as) aprovados(as) em concurso que esperam nomeação, aguardavam uma definição, com a esperança que todo esse período de calotes do governador Rollemberg perante os(as) servidores(as) públicos(as) poderia, enfim, ter um capítulo final. Segundo o diretor do Sinpro Gabriel Magno, o secretário da Fazenda do DF, Wilson de Paula, disse durante a reunião que o governo chamará professores e orientadores concursados, conforme consta na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). “Ele disse que o GDF vai chamar professores e orientadores, que estão na lista de convocações que o governo está anunciando, mas que vai respeitar o planejamento da LDO. A data para estas convocações ainda será definida pela Secretaria de Educação, mas que provavelmente será para o início de 2018”, explicou o diretor.
Mas esta novela que aterroriza a categoria prossegue. O Secretário alegou a falta de recursos para justificar a morosidade do cumprimento do acordo para o pagamento da pecúnia dos(as) aposentados(as) no valor de R$ 100 milhões, até dezembro. Mesmo após divulgar de que o GDF teria outra realidade financeira com a transferência gradual dos fundos do Iprev, Wilson de Paula, após questionado pela Comissão, apenas afirmou que haverá empenho por parte do GDF para quitar as pendências (pecúnias de fevereiro a dezembro 2016) até junho de 2018.
“Hoje, dia 27 de outubro, é véspera do Dia do Servidor. Momento em que deveríamos ir para as ruas e praças para comemorar a data, por sermos nós a sustentação do Estado brasileiro. Mas infelizmente estamos aqui, saindo de uma reunião no Buriti, onde mais uma vez ficou claro que não há compromisso do GDF com o serviço público e muito menos com a Educação, que não foi, não está sendo e durante este governo não será prioridade. Nós nem estamos pleiteando prioridade, só pedimos respeito para aquilo que é conquista nossa, que é direito nosso”, aponta Rosilene Corrêa, diretora do Sinpro.
Os recursos do Iprev começarão a entrar no caixa do governo a partir do mês financeiro de novembro. Portanto, a Comissão já solicitou uma reunião com o GDF para o dia 1 de dezembro, quando um novo cenário financeiro poderá ser apresentado para a Comissão. Os servidores aposentados e concursados continuarão sua agenda de luta com o sindicato, buscando garantir o que lhes é de direito.
Fotos: Marcelo Tavares / ECOM