Professores(as) e orientadores(as) continuam sem receber o 13º salário

Nos últimos dias o Sinpro e a categoria realizaram atos públicos e manifestações reivindicando o pagamento 13º salário dos(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais que fazem aniversário em dezembro, assim como das diferenças dos(as) profissionais que fazem aniversário entre janeiro e agosto. O depósito deveria ter sido feito no início do mês e até o momento não foi creditado pelo GDF.

A dois dias do fim da gestão de Agnelo Queiroz (PT), funcionários de pelo menos 18 órgãos continuam sem receber. Entre salários e benefícios, esta terça-feira (30) é o prazo final estipulado pelo próprio governo para pagar esses servidores. No entanto, funcionários da saúde e da educação que fazem aniversário em dezembro não têm garantia de depósito do 13º salário. Após reunião com o governador e o secretário de Administração Pública, Wilmar Lacerda, representantes dos professores e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) saíram sem perspectiva e se organizam para pressionar o futuro mandatário do DF, Rodrigo Rollemberg.

Além do problema orçamentário, o governo precisa solucionar a questão financeira. “Os órgãos da administração direta têm dinheiro em caixa. Esse não é o caso da saúde e da educação”, explicou Wilmar. “Os servidores podem ter certeza de que o governador concentrará todo o empenho possível para garantir o pagamento deles após os da administração direta receberem”, continuou, sem estabelecer uma data para o depósito.

A estimativa do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) é de que cerca de 10 mil funcionários — entre aniversariantes de dezembro e contratados em regime temporário — estejam sem receber o 13º salário. Um rombo de aproximadamente R$ 70 milhões. “O governo tinha se comprometido a fazer o depósito na segunda passada (dia 22), e nada”, protesta Cláudio Antunes, diretor da entidade.

Caso os professores e os servidores da saúde não recebam os montantes atrasados ainda em 2014, a solução deverá ser apresentada pelo governador eleito, Rodrigo Rollemberg. “Entendemos que a dívida com os professores é do Estado e não de uma pessoa. Não queremos ouvir argumentações frágeis de que a responsabilidade era da gestão anterior”, enfatiza Cláudio. “Prestamos serviço para a população e não para o governador”, finaliza.

O Sinpro continuará acompanhando o impasse e tomará todas as medidas necessárias para que os direitos da categoria sejam respeitados. Não aceitamos que o trabalhador seja prejudicado e que seus direitos trabalhistas não sejam cumpridos.

A Diretoria Colegiada do Sinpro continua exigindo o pagamento do 13° salário para os(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais

Com informações do Correio Braziliense