GDF tenta enterrar o sonho da Educação Física nas escolas públicas do DF

O sonho de se ter Educação Física desde os primeiros anos da educação se tornou realidade em algumas escolas públicas do Distrito Federal, exemplo da Escola Classe 121, de Samambaia. Porém, esta conquista infelizmente está bem longe da realidade da grande maioria das escolas pelo fato do GDF não contratar professores(as) da modalidade.
O Plano Distrital de Educação (PDE), em sua Meta 2, ressalta a necessidade de se “valorizar a cultura corporal por meio da implementação da prática da educação física em todas as unidades escolares que atendem os anos iniciais, garantindo estruturas adequadas nas unidades escolares e ampliando a inserção do professor de educação física nos anos iniciais, por meio do projeto Educação com Movimento”.
O projeto Educação com Movimento tem como finalidade a ampliação das experiências corporais dos estudantes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, mediante a intervenção pedagógica integrada e interdisciplinar entre o professor Pedagogo e o professor de Educação Física, na perspectiva da Educação Integral, conforme preconizado no Currículo da Educação Básica do Distrito Federal.  A partir daí, espera-se contribuir com os processos de ensino e aprendizagem dos estudantes, possibilitando uma formação integral crítica e integrada ao Projeto Político-Pedagógico.
Mesmo diante de toda importância, o projeto corre o risco de deixar de existir já que o GDF não prioriza a contratação de professores de Educação Física para a carreira magistério do Distrito Federal. Uma das campanhas realizadas pelo Sinpro denunciou a manobra do GDF de deixar a rede pública de ensino sem professor da modalidade. O banco de concursados de 2013 vencerá em junho de 2018 com cerca de 500 pessoas aprovados para a disciplina ainda sem nomeação, porque o governo Rollemberg resolveu não dar continuidade à expansão do atendimento da Educação Física para o ensino fundamental e educação infantil. O descaso do governo se reflete em números, uma vez que, hoje, mais de 200 escolas não têm professor da modalidade, fato que acarreta uma série de prejuízos aos(às) estudantes.
É importante salientar que a nomeação de professor licenciado em Educação Física no sistema de ensino do Distrito Federal é garantida pela Lei nº 5.884/2017.
Com o concurso vencendo no dia 3 de junho e o governador Rollemberg não fazendo as nomeações, o Distrito Federal ficará dois anos sem poder contratar professores de Educação Física concursados, já que neste momento a Secretaria de Educação nem abriu o processo inicial administrativo que chama um novo concurso público. Caso faça isto hoje, o tempo médio para realizar todo o processo administrativo e a consumação do concurso tem de durar dois anos. Diante disto o sindicato indica como solução possível para que a Educação Física não entre em colapso no DF, a contratação de um número expressivo de professores deste componente curricular nos dias finais de validade do concurso para a modalidade.
O Sinpro continuará denunciando esta situação em todo o Distrito Federal, inclusive com veiculação na TV, rádio e nas ruas do DF de que uma das heranças que o governo Rollemberg quer deixar para a educação pública do DF é o colapso na Educação Física e na educação pública no Distrito Federal, e nós não vamos deixar que os responsáveis por esta situação sejam esquecidos.
O vídeo abaixo mostra um pouco do projeto na Escola Classe 121 de Samambaia, mostrando a experiência exitosa que a Educação Física pode ter na rede pública de ensino. Veja, compartilhe e vamos, juntos, lutar pela nomeação destes professores.