Formação é ponto chave do movimento sindical, diz secretário da CNTE

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No Coletivo de Formação, representantes das 20 entidades presentes trouxeram algumas experiências formativas dos sindicatos. Meibb Freitas, secretária de formação do Sintego (GO), contou que os trabalhos são permanentes no estado: “Temos bons resultados do trabalho sindical em Goiás. Essa formação sindical é feita semanalmente, levamos em conta a demanda da categoria. É onde estamos discutindo as principais bagagens sindicais, voltada para a formação dos diretores que estão em contato com a base, nas escolas municipais e estaduais”.
De acordo com o assessor da secretaria de formação da APP-Sindicato, do Paraná, Edmilson Leite, a meta é ampliar o número de educadores envolvidos, que já chegou a 3 mil participantes, e reestruturar o trabalho de formação: “A nossa experiência é muito inspirada no que a CNTE realiza desde 2007. A gente deu continuidade ao processo com publicações próprias e hoje fazemos uma remodelagem no programa como um todo, com um debate organizado em módulos, com um tempo de debate e um tempo de produção, para que a categoria escreva sobre sua experiência na escola. Este ano o Paraná passou por um período de enfrentamento grande, com greve, mas nãoo abrimos mão de desenvolver o programa de formação em todo o estado”.
Os educadores debateram ainda os desafios da implementação das ações de formação de dirigentes sindicais nas entidades de base e a importância do programa de formação da CNTE.
“Sem formação de dirigentes sindicais, não há renovação, não há organização de base, de local de trabalho. A formação é o ponto chave do movimento sindical, para que o dirigente possa refletir o seu raio de ação e o alcance da sua atuação”, explica Gilmar Ferreira, secretário de formação da CNTE.
Após as apresentações, Emílio Gennari, educador público de São Paulo, fez uma reflexão sobre os assuntos discutidos ao longo do dia. “É preciso conhecer o terreno. Quanto mais inserido na escola, mais fácil conhecer o terreno que se vai trabalhar. Só assim podemos saber como devemos agir, até que ponto podemos avançar. Este estudo não tem uma receita, tem que ser feito em cada estado, em cada escola. É importante prestar atenção no que faz sentido para cada base. Para começar a fazer diferente, as pessoas devem agir de forma coletiva”.