Festival de cinema estimula criatividade e pesquisa entre os estudantes

Escolas do Cruzeiro promoveram uma grande festa entre os dias 6 a 8 de dezembro, no auditório do Centro de Ensino Médio Integrado do Cruzeiro. Com o objetivo de oportunizar o uso de celulares como recurso acessível para o estímulo à criatividade, pesquisa e organização, estudantes realizaram o 7º Curta um Curta, que este ano trouxe como proposta o tema Como se faz um bom vídeo?.

O Festival foi criado a partir do projeto Cine Com Ciência, implantado no Centro de Ensino Fundamental 1 do Cruzeiro e conduzido pelo professor Erizaldo Cavalcanti Borges (Zaldo). O Curta um Curta surgiu em 2015, quando o CEF 1 do Cruzeiro começou a trabalhar a oficina com aulas semanais em 18 turmas. Ao estudar as técnicas e a arte da linguagem cinematográfica, estimulando os(as) estudantes a criarem suas próprias histórias, surgiu a produção audiovisual. Com a quantidade de vídeos produzida veio a ideia de criar um festival de curtas. “É um projeto pedagógico, social e cultural, que chama a atenção dos alunos, falando uma língua significativa aos jovens e adolescentes. Oportuniza debates necessários, de maneira plural, progressista, o que traz esperança de maior valorização dessa política cultural do audiovisual e nos dá a certeza do bom trabalho realizado na Rede, sempre na construção de uma educação de qualidade”, enfatiza a diretora do Sinpro Regina Célia.

Os grandes vencedores deste ano foram O rebatedor das sombras (6º E); O cachorrinho preto (7º B); Pânico… de novo! (8º A); Consciência negra (9º B); e Sobre o autismo (Ensino Médio). “Este festival veio a coroar um período em que a gente esteve à frente deste projeto, que chamamos de Cine Com Ciência, que fez parte de uma pesquisa de doutorado que tive na Faculdade de Educação na UnB. Este festival mostrou várias técnicas, como desenho animado, stop motion, dramatização, documentário, comédia, terror. Os meninos foram bastante versáteis e com isto mostramos que é possível ter um trabalho como este difundido em todas as escolas”, ressalta o professor Erizaldo.

O educador ainda comenta que, em 2017, o projeto ganhou o prêmio Professores do Brasil, como a melhor prática pedagógica no ensino fundamental da Região Centro-Oeste, e passou a ser referência nacional. “A escola de qualidade que tanto buscamos não se consegue com uma ação pedagógica única, mas com uma série de acertos, e um deles, sem dúvida, é a produção audiovisual a partir dos celulares”, enfatiza.