Feminismo é ponto de partida para repensar luta por igualdade

A 2ª Oficina de Mulheres Cutistas, realizada nesta segunda-feira (12), no Sindicato dos Bancários de Brasília, reuniu mulheres de diversas categorias para debater “A História da Luta do Movimento das Mulheres – Uma fonte de inspiração para a continuidade da luta”. O foco desta vez foi colocar a mulher trabalhadora por dentro do que foi e do que é o feminismo dentro das lutas sociais. A partir das oficinas oferecidas, as mulheres repensarão as formas de organização e lutas por igualdade de direitos.
Mediadora da oficina, Pola Karlinski apresentou o conceito de feminismo e histórias que fizeram a luta de mulheres pela igualdade. Segundo ela, existem três fases do feminismo, e nelas fatos importantes para a história.
Na primeira fase, a mulher conquistou o direito ao voto, em 1932. Na segunda, conquistou o direito ao divórcio, em 1977. E a terceira fase são acontecimentos contemporâneos, como a lei Maria da Penha, de 2006.
“A oficina serviu para abrir o diálogo sobre a história do feminismo e o impacto das correntes feministas espalhadas pelo mundo na vida das mulheres trabalhadoras. Percebemos que agora a luta é comum em todo o mundo. Não conseguiremos avançar se não houver luta e se não houver uma vigilância constante das mulheres sobre seus direitos”, explicou Pola Karlinski.
Após o golpe de Michel Temer, as ameaças as trabalhadoras estão mais fortes. A reforma da Previdência, por exemplo, iguala em 65 anos a idade de aposentadoria para homens e mulheres. Para o presidente golpista e seus apoiadores, isso é sinônimo de igualdade de gênero.
“Existe um contexto histórico na questão de gênero, e o governo golpista faz questão de fechar os olhos para isso. Desde sempre as mulheres trabalham duas ou três vezes mais que os homens, no mercado formal ou informal. Sem falar nos salários menores, mesmo no exercício das mesmas funções. Para que haja justiça, os desiguais devem ser tratados desigualmente. Neste caso da aposentadoria, é mais que justo que a mulher se aposente antes que o homem. Estamos unidas compartilhando saberes para enfrentar esse golpe”, disse a secretária de mulheres da CUT Brasília, Sônia de Queiroz
A próxima oficina de mulheres acontece em fevereiro de 2017, com o aprofundamento do tema feminismo. “É a partir das oficinas que vamos aprofundando o tema feminismo, a historia de luta das trabalhadoras, para que daí possamos começar a repensar o modelo de luta”, finaliza a dirigente cutista.
Fonte: CUT Brasília