Exposição permanente “Chico Mendes, herói do Brasil”
Ao final dos debates desta sexta-feira (17), foi realizado o pré-lançamento da exposição “Chico Mendes, herói do Brasil”. Uma exposição permanente, com quase 100 peças, contando a história de Chico Mendes. Ficará exposta na entrada do auditório da CNTC até sábado (18).
Em seguida, será fechada e só será inaugurada no dia 1º de novembro, no Museu da República. Ela ficará à disposição da população do Distrito Federal entre 1º e 30 de novembro deste ano. Desenhada para ser uma exposição permanente, ela irá para o Acre e ficará, de 15 a 17 de dezembro, no Sindicato dos Trabalhadores de Xapurí, durante a Semana Chico Mendes, data que marca o nascimento e o assassinato brutal do sindicalista.
Em janeiro de 2019, uma cópia dela permanecerá no sindicato acreano e, outra, será enviada ao Sinpro-DF, para ficar, permanentemente, no Espaço Chico Mendes, da Chácara do Professor. “O Sinpro-DF é um parceiro. Em 2015, fui convidada para participar da inauguração desse espaço, na Chácara do Professor e, desde então, temos tido uma parceria importante”, disse Ângela Mendes, filha mais velha de Chico.
Para ela é fundamental a divulgação dos ideais e da história de Chico Mendes. “É bom esse link com o Sinpro-DF porque tem tudo que ver com o legado dele e com o reconhecimento da educação como eixo importante de libertação, como no caso da educação voltada para a floresta, pelo Projeto Seringueiro. Há uma liga entre Chico e o reconhecimento da educação como uma ação libertadora e da sustentabilidade”, informa a filha.
No imenso legado deixado por Chico Mendes, destacam-se a formação política dos trabalhadores rurais em sindicato; o EMPATE, o Conselho Nacional dos Seringueiros, a Aliança dos Povos da Floresta e seu grande legado: as mais de 90 reservas extrativistas na Amazônia.
“Mas o legado mais importante é que, nos 20 anos da morte de Chico, os seringueiros e extrativistas se uniram e estabeleceram como meta que 10% da Amazônia fosse território de uso coletivo. Hoje eles têm 13%. Porém, é um espaço ameaçado pelas políticas do golpe de 2016”, informa Zezé Weiss, organizadora da exposição.