Esplanada é palco de manifestações de servidores na quarta e quinta

Continua a pressão dos servidores públicos federais para que o governo atenda os pontos que compõem a Campanha Salarial 2015. Nesta quarta-feira (5), parte do funcionalismo iniciará as atividades na Esplanada dos Ministérios, com acampamento, marcha e ato lúdico em frente ao Congresso Nacional. As ações culminarão na marcha do dia 6, quinta-feira, que reunirá a partir das 9h todos os setores do serviço público.
Confira a programação dos servidores:
Dia 5 – quarta

  • Nas primeiras horas, servidores técnico-administrativos de todo o Brasil montarão acampamento no segundo quadrante da Esplanada dos Ministérios. A CUT Brasília também montará tenda de onde assegurará apoio político e logístico aos servidores federais.
  • Às 10h, os caravaneiros sairão em marcha até o Ministério da Educação, onde realizarão ato público para cobrar o atendimento de pautas específicas da categoria.
  • Às 18h, os técnico-administrativos realizarão ato político cultural no espelho d’água em frente ao Congresso Nacional. “Realizaremos uma ação baseada na ideologia africana chamada ‘Ubuntu’, que trabalha o coletivo ao invés do egoísmo”, explica o dirigente nacional da Fasubra – federação que representa a categoria –, Mário Guimarães Júnior. A previsão é de que o ato se estenda até a meia-noite. A categoria está em greve desde o dia 28 de maio.
  • Às 15h, os servidores do Judiciário e do Ministério Público da União, em greve desde o dia 9 de julho, realizarão ato nacional na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Eles lutam pela derrubada do Veto nº 26, contrário ao projeto que prevê reposição parcial das perdas salariais dos servidores (PLC 28/2015), e pela aprovação do PLC 41, que prevê a reestruturação de carreiras e salários da categoria.  Os servidores do Judiciário e do MPU no DF realizaram no início da tarde desta terça-feira (4), abraço simbólico no Superior Tribunal de Justiça – STJ e, em seguida, fizeram assembleia para encaminhar as ações dos próximos dias.
  • Às 8h, os servidores da Seguridade Social (vinculados ao Sindprev), em greve desde o dia 13, entregarão aos parlamentares no Congresso Nacional carta pedindo apoio à luta da categoria.

Dia 6 – quinta

  • Às 9h, a Esplanada dos Ministérios será palco de mais uma manifestação conjunta dos servidores públicos federais. A concentração será no Museu Nacional. Os manifestantes caminharão por toda a Esplanada dos Ministérios, passando pela Praça dos Três Poderes, com finalização do ato no Ministério do Planejamento.

STR agenda reuniões
A Secretaria de Relações de Trabalho – STR do Ministério do Planejamento agendou 16 reuniões com setores específicos do funcionalismo público. Entre as categorias estão a dos anistiados, Área Ambiental, administrativos da AGU, C&T, Dnit, Abin, FNDE e Inep, Imprensa Nacional, INPI, Funai, Pecfaz, Cultura, Área Agrária, PCCTM, IEC e Suframa. O calendário vai de 7 a 11 de agosto.
De acordo com o secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal – Condsef, Sérgio Ronaldo da Silva, a expectativa é de que o governo realize reunião entre os dias 10 e 14 para abordar a pauta conjunta de reivindicação do funcionalismo.
Na semana passada, o conjunto dos servidores públicos federais formalizou ao governo a proposta de reajuste salarial de 19,07%. O cálculo do novo índice abre mão dos 2% de ganho real que vinha sendo reivindicado e corrige as perdas obtidas pelo funcionalismo de janeiro de 2010 a dezembro de 2015. “Acreditamos que o governo nos dará uma resposta sobre esta nova proposta na reunião que realizará (em data ainda a ser marcada) com os representantes de todos os setores do serviço público. De acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias, o governo tem até o dia 21 de agosto para encaminhar ao Congresso os projetos que garantem o reajuste salarial dos servidores”, esclarece Sérgio Ronaldo.
Até agora, o governo federal se mantém inflexível quanto a proposta de reajuste salarial apresentada: a ideia é reajustar os vencimentos dos servidores em 21,3%, fracionado em quatro anos e projetando inflações futuras.