“Escola não é lugar de homofobia” é palavra de ordem na parada LGBTQIA+

Cerca de 90 mil pessoas se manifestaram pela liberdade de ser e de amar nesse domingo (9/7), na 24ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Brasília, realizada na Esplanada dos Ministérios. Entre as palavras de ordem, a de que “escola não é lugar de homofobia”.

“Estamos em defesa dos nossos filhes, filhos e filhas. Escola não é lugar de homofobia. Por isso, o Sinpro tem o Coletivo LGBTQIA+. Se vocês precisarem, nos procure”, discursou Márcia Abreu, do Coletivo Mães da Resistência, de cima do caminhão de som da Parada.

“Nosso Coletivo LGBTQIA+ foi lançado há pouco mais de um ano. A luta em defesa de todos os direitos desse grupo sempre foi pauta do Sinpro. Entretanto, com o Coletivo, estamos intensificando as ações que têm como objetivo combater pontualmente os casos de ataques a pessoas LGBTQIA+, mas também de colaborar na construção de uma educação libertadora que contribua para uma sociedade mais humana, que possa garantir direitos iguais, tratamento justo e respeitoso em um ambiente de trabalho inclusivo, sem constrangimentos ou violências”, disse a diretora do Sinpro-DF Ana Cristina Machado, que participou da 24ª Parada do Orgulho LGBTQIA+.

Com 25 anos de existência, a Parada do Orgulho de Brasília é a terceira mais antiga do Brasil. Na série que relembra as conquistas nos 25 anos da organização, publicada no Instagram @brasiliaorgulho, é lembrado que, essa é a primeira parada a receber carta de um presidente da República: Lula. “Em 2004, como resposta ao nosso convite para participar da parada, o então presidente Lula (PT) enviou para nós carta com informação de que não poderia ir ao evento, mas que dava total apoio à causa LGBT para haver um país mais humano. Foi a primeira vez na história do Brasil que um presidente da República enviou um documento desse para uma parada do orgulho LGBT.”

Essa também é a primeira parada aberta por casamento coletivo LGBT no Brasil (2015); a primeira a fazer iluminação arco-íris no Congresso Nacional (2020), a primeira a realizar intervenção artística urbana LGBT na América Latina (2021); e a única parada LGBT do mundo a fazer pesquisa anual sobre o tema.

 

 

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