Escola do Incra 8 faz história com caminhada pela vida das mulheres
A manhã do dia 29 de março começou de forma incomum na Escola Classe 01 do Incra 8 de Brazlândia. Em vez de alunos sentados em cadeiras enfileiradas na sala de aula, a troca de saberes aconteceu do lado de fora. Na lição do dia, a conscientização da comunidade escolar e vizinhança sobre as violências sofridas pelas mulheres diariamente.
Estudantes, pais, mães e movimentos organizados da região realizaram a Caminhada da Mulher e, com cartazes, balões lilases e faixas, protestaram pelo fim a todas as violências contra as mulheres.
“Diante da necessidade de debater o tema, surgiu o questionamento: como a gente dinamiza uma situação que, ao mesmo tempo, informe e promova a reflexão? Foi aí que decidimos convidar a comunidade para a escola e realizar essas atividades de conscientização. Seguiremos levantando esse debate até que consigamos construir uma sociedade em que as mulheres sejam livres da violência e opressão”, disse o professor João Macedo, que leciona na EC 01 do Incra 8.

Para a diretora do Sinpro Márcia Gilda, “a mulher não nasceu para ficar na invisibilidade. Ela tem que poder ocupar os espaços que quiser”. “A questão de gênero não determina o espaço que uma mulher deve ocupar”, disse a sindicalista, que participou da caminhada.
“A escola é o equipamento mais poderoso do Estado, porque tem a oportunidade de mudar a sociedade. Quando uma escola se compromete e faz uma atividade como essa, ela diz para a comunidade que está preparando uma sociedade com mais equidade, que respeita diversidade de gênero e a mulher”, afirma Márcia Gilda.
A caminhada foi apenas uma das ações da EC 01 do Incra 8, no dia 29 de março. O evento contou com café da manhã, atividades físicas, falas políticas e sorteios de brindes para a comunidade escolar.
Segundo o professor João Macedo, as iniciativas do dia foram a culminância de uma série de trabalhos desenvolvidos ao longo do ano com o objetivo de sensibilizar alunos(as), pais, mães e demais integrantes da comunidade escolar sobre a importância de combater a violência contra as mulheres.
Edição: Vanessa Galassi