Encontro de mulheres dos Correios discute assédio, violência e desigualdades

No último dia 5, o Sintect-DF promoveu  na Chácara Bico do Papagaio o 12º Encontro Regional de
Mulheres Ecetistas do DF e Região do Entorno. A presidente do sindicato dos trabalhadores dos Correios, Amanda Corcino, abriu o encontro fazendo uma saudação aos presentes e destacou a situação da mulher dentro da empresa, que muitas vezes é vítima de assédio moral, seja ele vertical ou horizontal, o que vem desgastando a saúde física e mental das companheiras.
Foi exibido o filme Terra Fria, que retrata a opressão, a exploração e a violência contra a mulher no local de trabalho e ressalta também a primeira ação coletiva por assédio sexual e moral dos Estados Unidos, um marco histórico que influenciou outros processos judiciais e lutas feministas no país e no mundo.
Luciana Martins, advogada, fez uma explanação sobre o tema, provocando o debate com as companheiras que se identificaram e relataram suas experiências dentro da empresa, citando a discriminação quanto ao gênero, as dificuldades de uma ascensão profissional e a subestimação à competência das mulheres.
Ainda no encontro foram eleitas as delegadas que participarão do XVII Encontro Nacional de Mulheres Ecetistas, que será realizado entre os dias 14 e 16 de julho de 2014 no Centro de Treinamento Educacional – CTE, situado na BR-040 KM 9,5 – Posto Ipê – Luziânia – GO, e foram apresentadas propostas para a pauta nacional de reivindicações que serão sistematizadas neste evento.
Edilene Vasconcelos, presidente da associação dos servidores do Ministério Publico Federal, ministrou uma palestra à tarde cujo tema foi “A importância da mulher na política”, onde ressaltou a luta de algumas mulheres para que sua competência para o exercício de algumas atividades tidas tipicamente como masculinas, fossem reconhecidas, o que nos remete ao tema do encontro “ Lugar de mulher é onde ela quiser”.
Na sequência, a deputada federal Erika Kokay, ministrou uma palestra apontando os problemas que as mulheres enfrentam devido à cultura machista que nos rodeia, que visualiza na mulher a “dona de casa”, a cuidadora dos filhos e do marido. Erika disse ainda que, graças à coragem e à conscientização de muitas mulheres quanto aos seus direitos, estes paradigmas estão sendo quebrados e as mulheres estão aos poucos, ocupando seus espaços na sociedade, ocupando posições de decisão, sendo gestoras, presidentas e ocupando o parlamento, etc.
Já tivemos avanços, mas o caminho é longo e a luta é árdua. Não podemos parar, precisamos prosseguir na luta para que de fato a igualdade entre homens e mulheres se torne realidade, afirma Amanda Corcino.