Empresas descumprem acordo e terceirizados entram em greve

Em assembleia nesta segunda-feira (2), as merendeiras terceirizadas da empresa G&E, que prestam serviço nas escolas públicas do DF, decidiram entrar em greve no primeiro dia do ano letivo. Recepcionistas dos postos e hospitais públicos do DF, terceirizados pela empresa GVP, também deflagraram o movimento paredista nesta segunda-feira. Os trabalhadores de ambos os setores reivindicam o pagamento de benefícios garantidos em Acordo Coletivo.
Mesmo com o acordo fechado com o Ministério do Trabalho em janeiro deste ano, a G&E não pagou às merendeiras das escolas públicas férias, tíquete-alimentação e vale-transporte referentes aos meses de janeiro e fevereiro. Já os recepcionistas dos postos e hospitais públicos estão sem receber salário, vale-transporte e tíquete-alimentação do mês de janeiro.
De acordo com a deputada federal Érika Kokay (PT/DF), que participou da assembleia dos trabalhadores, os constantes atrasos dos pagamentos de direitos e benefícios dos trabalhadores terceirizados do DF integrarão a pauta da reunião da Bancada de Deputados Federeis do DF, nesta terça-feira (03), na Câmara dos Deputados. A parlamentar se comprometeu a agendar uma reunião com o governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), para cobrar uma solução imediata aos atrasos.
Ameaça de greve
Merendeiras terceirizadas da empresa Planalto, que também prestam serviço às escolas públicas do DF, poderão entrar em greve ainda esta semana, caso a empresa não pague, até esta terça-feira (3), o 13º e salário de dezembro, além do vale-transporte e tíquete-alimentação de fevereiro.
Reunião no Ministério do Trabalho
Nesta segunda-feira (2), dirigentes do Sindiserviços, sindicato que representa a categoria, se reuniram com procuradores do Ministério Público do Trabalho – MPT-10ª Região e solicitaram que fosse tomada uma providência urgente para solucionar o atraso do pagamento de trabalhadores terceirizados. No encontro, o Sindicato solicitou nova audiência pública com representantes do GDF e as empresas contratadas que estão inadimplentes.
“Muitas empresas não estão cumprindo o acordo firmado com o Ministério Público. Enquanto isso, quem sai no prejuízo é o trabalhador”, alerta a dirigente do Sindiserviços, Andrea Cristina da Silva.
Além das empresas Planalto, G&E e GVP, também devem aos trabalhadores terceirizados as empresas Ipanema (Secretaria de Saúde), Projebel (Secretaria de Habitação), Servejel (Secretaria de Educação) e a Real JG (diversos órgãos do GDF).