Em nota Oficial CUT cobra combate à onda de assassinatos no campo
É com indignação e pesar que a CUT e as entidades filiadas, como o Sinpro-DF(Sindicato dos Professores no DF), se manifesta diante das recentes mortes e tentativas de assassinato de líderes populares e sindicais na região Norte e Nordeste do Brasil: as novas vítimas foram Adelino Ramos, o Dinho, que havia sobrevivido ao massacre de Corumbiara, em 1995, e Eremilton Pereira dos Santos, que vivia no mesmo assentamento do casal de ambientalistas José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva, assassinados no dia 24 de maio, em Nova Ipixuna (PA). No mesmo dia do assassinato de Dinho, ocorrido na última sexta-feira (27), o sindicalista Almirandi Pereira, vice-presidente da Associação Quilombola do Charco, de São Vicente Ferrer (MA), sofreu um atentado. Almirandi é uma liderança da luta pela titulação do território quilombola do Charco.
Diante desta situação, a CUT exige que o governo leve adiante o projeto de uma intervenção federal na região entre Amazonas, Acre e Rondônia como forma de evitar novas mortes no campo e para que haja uma apuração rigorosa a fim de que sejam aplicadas punições severas aos culpados. A CUT reivindica que o governo federalize todas as investigações e apurações no que tange os casos de morte e perseguição a lideranças populares. É urgente também ampliar a fiscalização ambiental e do trabalho, o que exige investimentos em mão-de-obra e equipamentos. Queremos um novo patamar de relação civilizada, justa e humana para o Brasil com a questão fundiária, agrária e ambiental, que não seja a “bala na cabeça”. Com fiscalização, queremos barrar as ações ilegais de madeireiros com vistas à destruição das nossas florestas. O campo não pode continuar sendo uma terra sem lei. Chega de impunidade!
(Fonte: site da CUT)