Em marcha do CED Agrourbano, Sinpro fala do papel da educação no combate à violência contra as mulheres

O Centro Educacional Agrourbano Ipê, no CAUB I, realizou no sábado (29) a terceira marcha contra o feminicídio e a violência de gênero. A mobilização, em memória da ex-aluna Rayane Ferreira de Jesus Lima, vítima de feminicídio em 2023, reuniu estudantes, professores e a comunidade escolar em um ato em defesa da vida de mulheres e meninas.
A coordenadora pedagógica do CED Agrourbano Ipê, Shênia Bastos, destacou que a marcha nasceu como uma resposta ao impacto do assassinato de Rayane na comunidade escolar. Ela conta que os alunos ficaram profundamente abalados e sentiram que a violência atingia a todos. “Desde então, realizamos essa marcha anualmente, não apenas para lembrar da Rayane, mas para reafirmar que precisamos resistir e lutar contra a violência de gênero”, afirmou.
A diretora do Sinpro, Mônica Caldeira, enfatizou que esta foi a segunda participação da Secretaria de Mulheres do sindicato na marcha organizada pela escola. Os participantes se reúnem na escola e caminham até a casa onde Rayane vivia.

Além da marcha, a escola recebeu uma roda de conversa para debater formas de identificar relacionamentos tóxicos, os mecanismos de proteção da Lei Maria da Penha e a importância da representatividade feminina na história. A atividade foi promovida pelo Sindicato, por meio do projeto “Faça Bonito com o Sinpro”, que realiza ações educativas nas escolas.
“Precisamos garantir que as meninas possam se emancipar por meio da educação. Essa luta vai além da nossa categoria e alcança toda a comunidade escolar, fortalecendo a construção de uma sociedade mais justa e segura para mulheres e meninas. A roda de conversa traz a importância da educação contra o machismo e contra o feminicídio”, afirmou a diretora do Sinpro Mônica Caldeira.
Conscientização
A coordenadora pedagógica enfatiza a importância do papel da escola na conscientização sobre a proteção das mulheres. “Promovemos debates e campanhas educativas ao longo do ano, abordando igualdade de gênero, respeito e direitos humanos. Além disso, criamos um espaço seguro para que meninas possam relatar situações de vulnerabilidade sem medo ou culpa”, explicou.

Ela reforça ainda que o sindicato atua como um agente de mobilização, garantindo que a pauta da proteção feminina seja debatida em diferentes espaços. “A roda de conversa promovida pelo Sinpro foi essencial, pois abordou, de maneira acessível e dinâmica, tanto o que os meninos não devem fazer quanto o que as meninas não devem tolerar em um relacionamento”, concluiu.