Em Goiás, a cartilha privatista tucana chega à Educação

No último dia 14 de outubro, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), assinou um decreto que determina “imediata providência” para que sejam selecionadas, até dia 31 de dezembro deste ano, Organizações Sociais (OSs) que passariam a administrar 30% das escolas no estado.
A medida, que na prática significa a privatização da Educação no estado, foi criticada por Sueli Veiga de Melo, professora e secretária adjunta de Formação da CUT. “Esse projeto é um absurdo. O governador quer tratar o ensino como mercadoria. Além disso, é ressuscitar o PL 4330, um projeto já derrotado”, afirmou a dirigente.
Levado adiante, o projeto pode provocar a precarização do ensino e do trabalho dos professores. “As OSs não terão compromisso com os trabalhadores, que passarão a dividir o mesmo espaço e tarefa com outros profissionais com salários melhores e benefícios alcançados pela categoria. Dessa forma, haverá cisão na equipe, dificuldade para sindicalização e demissões constantes, o que dificulta a relação com os alunos”, analisa Sueli.
Não é coincidência que, neste momento, os três estados que acenam com reformas na educação, sejam São Paulo, Paraná e Goiás, todos governados pelo PSDB e apontando para uma solução alinhada com o capital e dando às costas aos professores, alunos e pais.
Sem discutir com a população, os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e do Paraná, Beto Richa (PSDB), decidiram fechar escolas em seus estados. A medida, inclusive, foi rejeitada por 59% dos paulistas, em pesquisa divulgada recentemente.
Em Goiás, Perillo é responsável, também, por um processo de militarização em escolas de Goiás. A meta do governador é que até o final de 2015, 43 unidades sejam geridas pela Polícia Militar do estado.