Prêmio Jubileu de Diamante – Professores são homenageados por dedicação e luta pela educação

Ao mestre, com carinho. O ditado sempre foi usado para demonstrar todo respeito e agradecimento de estudantes, pais e mães pelo trabalho dos(as) professores(as), que se dedicam diariamente para levar o conhecimento às futuras gerações. Colocando o ditado em prática, o Conselho de Educação do Distrito Federal (CEDF) homenageou os(as) professores(as) André Lúcio Bento, Alberto Ribeiro, Maria de Lourdes Pereira dos Santos, Maria José Correia Barreto (Zezé) e vários outros(as) educadores(as) com o prêmio Jubileu de Diamante. O diploma foi entregue pela relevância e determinação de todos(as) para a educação do DF.

O diploma Jubileu de Diamante é destinado a homenagear educadores(as), instituições de ensino, personalidades, conselheiros(as) e ex-conselheiros(as) de educação, servidores(as) e ex-servidores(as) do Conselho. Os quatro nomes foram indicados pelo Sinpro-DF em evento que ocorreu nesta quarta-feira (17), durante a XVII Conferência de Educadores do Distrito Federal, no Auditório da Unidade I da Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs).

Segundo o diretor do Sinpro, Alberto Ribeiro, no ano de 2012 foi criada a Lei de Gestão Democrática do Sistema de Ensino Público do Distrito Federal, e com esta lei o Conselho de Educação passou a ter uma cadeira destinada ao sindicato dos professores da Rede Pública de Ensino pelo fato da inclusão das entidades representantes da sociedade civil. “Neste momento em que o CEDF faz 60 anos, podemos, enquanto entidade sindical, indicar educadores que tiveram papel importante na vida prática das escolas públicas do DF”, comemora Alberto.

 

As homenagens indicadas pelo Sinpro:

André Lúcio Bento

O professor Bento é doutor e mestre em Linguística pela UnB e especialista em História e Cultura Africana e Afro-brasileira pela UFG. Tem pós-doutorado em educação e linguagem pela UEG. É professor da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal há 29 anos. Durante todo esse tempo, já atuou nos anos iniciais, finais e no ensino médio. Também atuou na educação de jovens e adultos. Exerceu o cargo de diretor do CAIC de Brazlândia, gerente de formação para educação básica na EAPE e foi subsecretário da Subsecretaria de Formação Continuada dos Profissionais da Educação, de janeiro de 2019 a junho de 2020. No mesmo período, foi membro do Conselho de Educação do Distrito Federal. É autor de diversos livros nas áreas de Educação e de Análise de Discurso Recentemente, lançou o livro infantil “Tâmara e Tamarindo da Terra das Coisas e das Pessoas Doces”, com temática afrocentrada. Desde 2019, desenvolve projeto de catalogação dos baobás existentes em Brasília. Os baobás são árvores com representatividade cultural, material, social, política e religiosa para os povos tradicionais africanos. Os mais antigos baobás vieram para o Brasil ainda nos navios negreiros, como sementes, simbolizando força, identidade e ancestralidade dos povos negros. Após a catalogação dos baobás, o professor pretende apresentar um relatório por meio do qual irá propor ao Governo do Distrito Federal o tombamento dos baobás como patrimônio cultural de Brasília.

 

Maria de Lourdes Pereira dos Santos

Natural de Paracatu – MG, Lourdes é professora aposentada da Secretária de Educação. Militante do Movimento Popular há mais de 40 anos, trinta e cinco dos quais no Paranoá, no Centro de Cultura e Desenvolvimento do Paranoá e Itapoã – CEDEP. Trabalha com parcerias e coordena o Grupo de Educação de Jovens e Adultos – EJA, além de trabalhar também com Alfabetização Infantil e na coordenação dos Grupos de Base no CEDEP. Trabalha na organização da sociedade em busca de melhores políticas públicas, inclusive pelo polo da Universidade de Brasília no Paranoá. Lourdes atua também em parceria com Entidades do terceiro setor, como a Programando o Futuro.

 

Maria José Correia Barreto

A história do Sinpro-DF se confunde com a trajetória da professora Maria José Correia Barreto, a Zezé. Em 28 anos de magistério, Zezé foi uma das fundadoras do Sinpro (estava presente na histórica Assembleia Geral da categoria de 14 de março de 1979, quando foi decidido sobre a criação do Sindicato dos Professores no Distrito Federal). Foi diretora do Sinpro durante cinco mandatos (2001 a 2016), criou a Secretaria de Saúde do Sinpro em 2002, foi responsável pela implantação da subsede de Planaltina, lecionou 23 anos no Centro de Ensino Fundamental 01 de Planaltina, 5 anos no Centro de Ensino Especial do Plano Piloto e 1 ano na APAE. Ela também foi a responsável pela criação da Secretaria de Mulheres da CTB, central sindical à qual é filiada.

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