Educadores brasileiros se unem à luta dos professores portugueses em greve nacional

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Foto: Divulgação FENPROF

Educadores brasileiros se unem à luta dos professores portugueses em greve nacional e saúdam a manifestação nacional agendada para o próximo dia 11 de fevereiro

A greve nacional dos educadores portugueses, que tem incidência distrital e teve início no último dia 16 de janeiro em Lisboa, reivindica a justa causa da educação pública do país e de seus professores. O atual regime de recrutamento e gestão de pessoal do Ministério da Educação de Portugal exige, cada vez mais, um regime justo de concursos. Junto com a valorização docente, essa é a principal pauta de reivindicação do professorado português que, em atos de forte mobilização por todo o país, já arregimenta milhares às ruas na luta justa por uma educação pública de qualidade.

A tentativa do atual governo de Portugal em criminalizar o movimento dos educadores do país, negando o seu direito ao exercício legal da atividade grevista, intenta confundir a opinião pública do país e jogá-la contra os professores. O decreto de serviços mínimos imposto pelo governo central do país, além de ser medida sem precedente, tem como objetivo atingir o seu direito constitucional de greve. Isso é inadmissível!

O recrudescimento da posição política do governo contra a educação de seu povo, e também contrária aos educadores, tem como resposta o crescimento da mobilização nacional marcada para o próximo dia 11 de fevereiro. Todos às ruas nesse dia 11! A Avenida da Liberdade será tomada por educadores e apoiadores da justa luta da educação pública do país. Defender a profissão de professor será o lema principal desse dia que promete ser um dia de luta e de esperança para todo o professorado português.

Desde o Brasil, os professores e funcionários da educação se somam à luta digna do povo português. Os ataques à educação pública fazem parte de um projeto global de uma elite internacional que, cada vez mais, se volta somente aos seus interesses mais mercantis. Querem transformar a educação em um grande e rentável negócio e, sobre essa agenda política, todos nos unimos em uníssono grito na defesa de nossa educação como direito inalienável dos povos de todo o mundo.

Todo apoio à greve encampada pela nossa entidade irmã FENPROF e outras tantas organizações sindicais ligadas à educação de Portugal! Rumo à manifestação nacional no próximo dia 11 de fevereiro em Lisboa! Só a luta garante nossas vitórias!

Brasília, 02 de fevereiro de 2023
Direção Executiva da CNTE