EC Arniqueira promove feira de empreendedorismo 

Despertar o empreendedorismo e a autonomia das crianças, com cada turma sendo uma empresa e desenvolvendo seu plano de negócios. Isso não apenas foi possível, como viável e bem-sucedido. É o JEPP (Jovens Empreendedores Primeiros Passos), iniciativa do Sebrae para desenvolver o ensino empreendedor no país em escolas públicas e particulares, que atuou na Escola Classe Arniqueira. O ápice e término deste projeto ocorreu no último sábado (28), com a 1ª Feira Empreendendo para Aprender, mas é um trabalho que durou meses. Katia Souza Rodrigues Antunes, vice-diretora da escola, dá mais detalhes do projeto e do seu desenvolvimento.

“A proposta é incentivar os alunos a buscar o autoconhecimento e novas aprendizagens relacionadas ao empreendedorismo e também trabalhar com a coletividade, dando autonomia para o aluno, trabalhando estas habilidades nos estudantes de ensino fundamental I”, diz.

O(a) professor(a), junto com sua turma (cada turma é uma empresa) “criou o plano de negócios, eles escolheram o que iriam fazer, fizeram o planejamento financeiro, definiram um capital inicial, estudaram os custos que iam girar em torno do negócio. Eles também aprendem a entender a parte burocrática, a fazer marketing, divulgação, enfim tudo o que envolve o negócio”, explica a diretora.

O trabalho entre os(as) professores(as) com as crianças é como se eles fossem realmente criar uma empresa de verdade. Aí ao final, eles produzem os produtos, cada sala de aula criou o seu, com materiais recicláveis, pois o projeto também visa trabalhar a sustentabilidade.

Para a escola também são muitos os benefícios. “A gente prepara o(a) aluno(a) para o mercado de trabalho. Sei que eles ainda são muito pequenos (10 turmas envolvidas do 1° ao 5º ano, com cerca de 250 estudantes)  mas eles já começam a ter uma pequena vivência sobre isso, pois tudo o que a criança aprende na escola, ela leva pra família e tendo em vista que a gente tem muitas famílias empreendedoras na região, que têm seus próprios negócios, as crianças aprendem a desenvolver habilidades socioemocionais (a gente utiliza esse projeto pra trabalhar questões do nosso currículo a esse respeito), contribui na formação cidadã do(a) aluno(a) e favorece a aprendizagem de uma forma mais lúdica e prática”, aponta Kátia.

A feira foi o resultado de todo o trabalho no semestre, com a consultoria, capacitação, apoio pedagógico e todo material de divulgação fornecido pelo Sebrae. A vice-diretora se orgulhou do retorno que o projeto proporcionou. “Foi maravilhoso. O(a) professor(a) de cada turma fará com os alunos a prestação de contas, quanto gastaram, quanto receberam e quanto foi o lucro (que ocorreu). E quem vai decidir com o que será investido são as crianças. O resultado foi ótimo e muito elogiado pelas famílias, os pais participaram, se envolveram, auxiliaram os(as) professores(as), as crianças ofereciam os produtos, foi um dos melhores projetos que já vi acontecer dentro de uma escola, pois o resultado realmente foi muito envolvente, entre família, escola e comunidade. As crianças amaram”.

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