EC 502 do Itapoã realiza oficinas de capoeira

Reprise da publicação sobre as oficinas de capoeira realizadas na EC 502 de Itapoã. Confira, novamente, a atividade pedagógica que integra a formação dos(as) estudantes na construção de uma sociedade mais inclusiva, justa e, principalmente, antirracista, respeitando e acolhendo a pluralidade e diversidade. As oficinas foram realizadas pela EC 502 do Itapoã nos dias 27 de novembro (matutino) e 28 de novembro (vespertino). Na ocasião, escola recebeu 14 integrantes do grupo de capoeira Caps Paranauê (liderado pelo professor Antônio) para ministrarem oficinas de capoeira para cerca de 600 estudantes, desde a Educação Infantil, até o 5°ano do Ensino Fundamental.

A atividade prática foi um complemento das que ocorreram em sala com os professores regentes e tem como objetivos desenvolver aspectos corporais, lúdicos, artísticos, estéticos e musicais, assim como aqueles ligados à oralidade, história da população negra e história local por meio do jogo e da roda de capoeira. E também contextualizar a capoeira para as crianças explorando sua potente linguagem como recurso.

Gestora da escola, Paula Augusto diz que “como pedagoga, apoio e acho importantíssimo a prática da capoeira no cotidiano escolar. O ideal é que fizesse parte do currículo oficial da SEEDF, pois trabalha a corporeidade, o cognitivo e o desenvolvimento global das crianças. E desenvolve a coordenação motora, a percepção sensorial, corporal e o senso de  cooperação. Eu acho importante que projetos como esses de capoeira estejam presentes nas escolas públicas.Todas merecem ter capoeira na educação infantil e no ensino fundamental”.

Márcia Abreu, que executa o apoio pedagógico na escola, foi quem organizou a oficina, junto com o professor de capoeira e a equipe da EC 502. Ela diz que “o trabalho com as diferentes linguagens pode ser bastante ampliado nesse contexto no qual as crianças são convidadas a explorar objetos musicais, vídeos, instrumentos. É fundamental garantir a elas tempo para explorarem mais autonomamente todos os materiais e descobrirem, por conta própria, recursos e possibilidades, antes de sua apresentação pelo professor, por um capoeirista ou por outro parceiro mais experiente. O mesmo se pode dizer sobre a exploração das imagens e dos elementos estéticos sobre a cultura negra e a prática da capoeira. É importante ampliar as referências visuais, evitando desenhos prontos ou estereotipados, que tendem a valorizar o lado folclórico mais do que a presença cultural do negro e da capoeira em nossa cultura”.

De acordo com ela, “as oficinas são parte de um trabalho sobre o mês da consciência negra. E as crianças amaram, se envolveram e foram sujeitas à sua própria aprendizagem e construção de conceitos”. Ela afirma que com a ação, percebeu a “mudança no comportamento, pois houve aprendizagem. E isso é o que nos motiva enquanto profissionais da educação”.

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Publicado, originalmente, em 03 de dezembro de 2023.