Eape encerra comemoração dos seus 35 anos em sessão solene na CLDF
Uma sessão solene na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) em homenagem à Subsecretaria de Educação Continuada dos Profissionais da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (Eape/SEE-DF) deu por encerrada uma série de eventos em comemoração aos 35 anos de existência da Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais de Educação do Distrito Federal (Eape).
A homenagem foi proposta pelo deputado distrital Chico Vigilante (PT), e realizada na manhã dessa segunda-feira (14/8), com a presença de vários representantes da escola, profissionais da educação, representantes de vários setores da Eape e diretores(as) do Sinpro-DF. Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, Chico Vigilante destacou a história de resistência da Eape, que completou suas três décadas e meia no dia 10 de agosto de 1988.
“Gostaria de dizer mais do que numa, que é preciso defender a Eape e, por consequência, a formação continuada dos profissionais, pois a Eape, ao longo de sua história sempre foi um espaço importantíssimo de formação, estudo, planejamento e também de resistência, aliás, fundamental nos dias de hoje para o fortalecimento da democracia no Brasil e a reconstrução deste País. Essa resistência é também uma marca dos profissionais da educação”, declarou o parlamentar.
Cleber Soares, diretor e representante do Sinpro-DF na solenidade, ressaltou a importância do deputado Chico Vigilante nas lutas, conquistas e vitórias da categoria docente, “que sempre esteve presente nas nossas lutas, nas lutas dos nossos planos de carreira”. O sindicalista cumprimentou todos(as) os(as) formadores(as) e gerentes da Eape e contou que a atual secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, também saiu da Eape para exercer o cargo no Poder Executivo.
“Em nome do Sindicato dos Professores, e lembrando que o sindicato não é somente a sua diretoria, e sim cada um e cada uma que está aqui. Começo dizendo isso para lembrar que a Eape é resultado de uma luta histórica desta categoria e é a demonstração concreta do quanto que a categoria do Magistério Público prima pela formação. É uma luta que vem de antes do Sindicato dos Professores, ainda das décadas de 1960, 1970, para que os profissionais do magistério pudessem ter formação”, destaca Soares.
Ele contou que, na década de 1980, “quando, finalmente, a Eape é criada, que foi exatamente ali quando a gente começa a democracia, depois daquele período da ditadura militar, ela [a Eape] começa com uma proposta bastante avançada, que é uma proposta de trabalhar com os profissionais do Magistério de forma a criar cidadãos e cidadãs; de forma a fazer com que os profissionais do magistério e da assistência fossem para suas escolas e dialogar com os(as) estudantes para que eles e elas se tornassem cidadãos e cidadãs, protagonistas de suas histórias e não reprodutores da lógica, que já estava instalada aí. Isso teve um preço. Foi um hiato: quando a Eape deixou de funcionar durante 2, 3 anos, e volta somente, oficialmente, em 1997”.
Essas e outras histórias estão no vídeo que a CLDF publicou no seu canal do YouTube. Clique no link no final desta matéria e confira a história da Eape contada por protagonistas da educação no DF e a importância desse centro de formação continuada, símbolo da resistência e sempre fustigada por governos autoritários. Além de Vigilante, participaram da Mesa de Abertura Maria das Graças de Paula Machado, subsecretária de Formação Continuada; Cleber Soares, diretor do Sinpro-DF; representantes dos professores e gerentes da Eape, João Rocha; representante dos Formadores da Eape, Renata Nogueira da Silva.
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