Discriminação Racial e a chacina de Sharpeville: uma data para não ser esquecida

O Dia Internacional do Combate à Discriminação Racial foi proclamado pela ONU para ser lembrado em 21 de março pois nessa data, em 1960, a província de Sharpeville, na África do Sul, foi palco de um massacre com 69 pessoas assassinadas e 186 feridas.

Com a institucionalização do Apartheid, em 1948, diversas leis foram impostas pela minoria branca sul africana, decretando uma efetiva separação entre estes e a população negra e mestiça. A Lei de Passe, de 1945, exigia que os negros portassem uma caderneta na qual estava escrito onde eles poderiam ir, a cor, a etnia, a profissão, como forma de controle do Estado. À população negra era obrigatória a apresentação do registro sempre que solicitado pelos policiais, caso contrário, seriam detidos.

Em 21 de março de 1960, mais de 20 mil sul-africanos protestavam pacificamente e desarmados contra a Lei de Passe. Um grupo de policiais decidiu abrir fogo contra os manifestantes em Sharpeville.

Após o massacre, uma onda de protestos ganhou o país e teve grande repercussão na imprensa internacional. O apartheid, mas também os movimentos de luta foram intensificados.

Em 20 de novembro de 1963, a assembleia da ONU proclamou a Declaração das Nações Unidas sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, cujo artigo 1º afirma que 

“Discriminação Racial significa qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada na raça, cor, ascendência, origem étnica ou nacional com a finalidade ou o efeito de impedir ou dificultar o reconhecimento e exercício, em bases de igualdade, aos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou qualquer outra área da vida pública”.

Ao Sinpro só cabe adicionar que, no dia de hoje, em que se combate internacionalmente a discriminação Racial, o sindicato lança o minidocumentário Baobás, ambientado no plantio de baobás na Chácara do Sinpro. Realizada em novembro de 2021, a ação criou o Recanto dos Baobás, em homenagem a mulheres negras brasileiras que protagonizaram a luta antirracista.

O lançamento da obra será às 19h, no auditório Paulo Freire na sede do Sinpro-DF, localizada no SIG, e contará com as apresentações do bailarino Dilo Paulo e do músico Isaac Mendes.

“A opressão ao povo negro e à cultura de matriz africana é coisa que deve ficar para sempre no passado. O futuro da civilização humana não comporta o racismo”, opina a diretora do Sinpro Márcia Gilda.

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