Diretoria se solidariza com Margaridas que faleceram durante a Marcha

A diretoria do Sinpro-DF lamenta o falecimento de três trabalhadoras rurais, integrantes da Marcha das Margaridas, durante os dias em que a atividade foi realizada em Brasília, e deixa aqui sua homenagem a essas três margaridas:
Maria Pureza, presente!
Maria Ozenira, presente!
Izabel Gonçalves, presente!
Também homenageia a paraibana Margarida Maria Alves, trabalhadora rural assassinada pelos donos dos latifúndios brasileiros, na porta de sua casa, diante do marido e do filho pequeno. Durante um discurso de comemoração pelo 1° de Maio (Dia do Trabalhador), Margarida teria dito que era melhor morrer na luta do que morrer de fome. Hoje, 32 anos após sua morte, suas palavras ainda motivam centenas de mulheres trabalhadoras rurais e alimentam a luta diária por representatividade e melhores condições de trabalho e de vida no campo.

Ao homenagear as três “margaridas” que faleceram durante a 5ª Marcha das Margaridas – edição 2015 -, a diretoria do Sinpro-DF reforça um dos principais legados deixados por Margarida Alves: a coragem de lutar e a força para continuar na luta.  “Da luta eu não fujo”. Essa é uma das frases de Margarida mais repetidas no movimento social e, segundo contam, está gravada em umas das paredes da antiga casa de Margarida Alves, que se transformou em museu em 2001.

É com esse espírito de luta que a diretoria colegiada do Sinpro-DF também homenageia a mulher inspiradora do nome da marcha e da luta das camponesas.

Margarida Alves, presente!

Todas e todos que fazem a luta da CONTAG, Federações, Sindicatos filiados, Delegacias Sindicais de Base e Organizações parceiras da Marcha vêm prestar homenagem as companheiras Maria Pureza dos Santos Nascimento, Maria Ozenira Cardoso  Araújo e Izabel Gonçalves dos Santos, que se eternizaram fazendo a luta por um Brasil com Democracia, Justiça, Liberdade, Autonomia e Igualdade durante as ações da 5ª Marcha das Margaridas  que aconteceram nos dias 11 e 12 de agosto em Brasília-DF.

Um pouco das nossas eternas Margaridas  
Maria Ozenira Cardoso Araújo tinha 44 anos e ingressou no MSSTR, em 1992, quanto se associou no sindicato de Monsenhor Gil-PI. Maria Ozenira foi militante presente nos Gritos da Terra Brasil e Piauí. Também participativa ativamente de outras ações do MSTTR no estado, a exemplo da Marcha das Margaridas 2015 no PI.
Maria Pureza dos Santos Nascimento é de Japaratuba no Sergipe e tinha 62 anos de idade, dos quais boa parte os dedicou à luta pelos direitos das trabalhadoras e trabalhadores rurais.  Ativa nas ações do MSTTR, Maria Pureza já havia participado de 3 edições da Marcha das Margaridas  e de Gritos da Terra Brasil e Sergipe.
Izabel Gonçalves dos Santos tinha 54 anos e grande vivência pela causa dos povos da floresta no Pará. Atualmente estava presidenta do STTR de Salva Terra-PA, município onde chegou a ser eleita vice- prefeita
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A elas nossa eterna homenagem. Aos familiares, amigas (os), companheiras (as) de luta nossos mais profundos sentimentos.
Vale ressaltar que as três companheiras foram prontamente atendidas e que durante toda as ações da Marcha das Margaridas, tanto no estádio Nacional Mané Garrincha quanto na caminha na Esplanada dos Ministérios, a CONTAG e Organizações Parceiras da Marcha, disponibilizaram para as margaridas, um posto de saúde avançado, três postos básicos e cinco ambulâncias. Ao todo foram mais de 80 profissionais de saúde que estiveram 24h fazendo os atendimentos às mulheres durante a Marcha.
Direção da CONTAG e Organizações parceiras da Marcha das Margaridas
 
Maria, Maria
‘É o som, é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que ri quando deve chorar…
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo uma marca…
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida’
FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG- Barack Fernandes