Diretora de escola em Taguatinga é agredida e sofre lesão na coluna


O pai de uma estudante de seis anos agrediu a diretora da Escola Classe 42, em Taguatinga, na tarde de terça-feira (13/3). De acordo com os depoimentos, ele tentou entrar no local sem se identificar e foi barrado por Rejane Freitas da Rocha. Ela foi empurrada contra o portão e ameaçada, sofrendo ferimentos na coluna. A Polícia Militar foi acionada e deteve o homem, que vai responder por ameaça e agressão.
De acordo com Rejane Freitas, o pai chegou à escola “muito transtornado” e pediu para buscar a filha, mas, por não conhecê-lo, a educadora impediu a entrada do homem. “Outras pessoas já haviam barrado a entrada dele. Ele disse que a filha estava doente e, depois, descobrimos que ela não estava. Não deixei entrar porque não sabia qual era a intenção dele”, relata.
Segundo a diretora, cenas de agressão a pais por assaltantes, roubos e discussões entre pais e funcionários são comuns na escola.
Insegurança – Apesar do muro alto, do portão eletrônico e da cerca de arame farpado, a Escola Classe 42 está há oito anos sem porteiro, contam os funcionários. Sem segurança, o controle de entrada e saída de alunos, pais e professores é feito pela própria diretora ou por funcionários da limpeza.
Em outubro do ano passado, a mãe de um dos alunos foi abordada e agredida por dois homens que tentaram roubar um carro na frente da escola. Ao reagir, ela levou uma coronhada e precisou de atendimento médico. Assustados, pais e professores organizaram um protesto pedindo mais segurança.
O Sinpro-DF alerta que o caso da EC 42 não é isolado e pode tornar-se frequente na localidade. Isso porque das 65 escolas públicas de Taguatinga, 34 não contam com vigilantes durante o dia para garantir a segurança de educadores, diretores e estudantes.
Já a secretaria de Educação (SEE) disse em nota que todas as escolas públicas do DF têm postos de vigilância durante a noite e, algumas, durante o dia e durante a noite. A SEE alega ainda que o Batalhão Escolar atua na prevenção de violências em todas as escolas do DF. Só não disse que a atuação do Batalhão Escolar é insuficiente e que a presença de vigilantes durante o dia é imprescindível, vez que o trabalho de vigilância deve ser executado por profissionais da área – e não por pessoal da limpeza ou pela própria diretora.