O Dia Internacional dos Estudantes e a defesa do Plano Distrital de Educação

O Dia Internacional dos Estudantes é comemorado no mundo inteiro no dia 17 de novembro. Este ano, além de manifestações contra o genocídio dos palestinos e a defesa das políticas econômicas que valorizam o meio ambiente e uma distribuição de riquezas entre as classes sociais, o movimento estudantil, no Distrito Federal, lembra  que o terrorismo nazista contra estudantes tchecos ilustra a importância da união internacional dos estudantes na defesa do direito à vida.

A data homenageia a bravura dos estudantes da antiga Tchecoslováquia, vítimas das ações ocorridas no dia 17 de novembro de 1939, quando tropas do nazista Adolf Hitler fecharam instituições de ensino superior, assassinaram vários estudantes e enviaram mais de mil para campos de concentração.

Este ano, inspirados na memória que esta data traz, o movimento estudantil brasileiro relembra as lutas mundiais dos estudantes por direitos sociais, políticos, ambientais, econômicos etc., e, as lutas locais, por liberdades democráticas e pela educação pública, gratuita e socialmente referenciada.

Beatriz Nobre, estudante de Técnica em Informática, na Escola Técnica de Brasília, e diretora de Mulheres da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), afirma que a data é uma oportunidade para comemorar e reafirmar a luta dos estudantes mundialmente. “Os estudantes são, historicamente, grandes protagonistas nas lutas populares por todo o globo”, declara.


Memória e atualidade

Além das causas internacionais, o movimento estudantil do Distrito Federal aproveita a ocasião para promover reflexões sobre a necessidade de fortalecer a luta diária por educação pública, gratuita, libertária, inclusiva e socialmente referenciada. “Aqui no Brasil, nos anos de golpe e ascensão do fascismo, os e as estudantes foram aqueles e aquelas que sempre estiveram na luta em defesa da democracia e de um País soberano para todos. Precisamos ressaltar a importância da luta das e dos estudantes em todos os países e a importância dessa luta ser conjunta e articulada em busca de um mundo mais igualitário. Viva a luta das e dos estudantes!”, afirma a dirigente da Ubes.

Beatriz também destaca a importância, no Distrito Federal, da luta estudantil pelo direito ao Plano Distrital de Educação, o PDE. E alerta: “O ano que vem será fundamental para a reconstrução da educação pública, gratuita e socialmente referenciada. Teremos, em janeiro de 2024, a Conferência Nacional de Educação, a CONAE 2024, que traz, em um dos seus principais pontos de debate, a revisão do Plano Nacional de Educação, o PNE. Posteriormente à CONAE, vamos ter a revisão do PDE e é importante estarmos atentos e atentas à essa revisão”, alerta.

A líder estudantil denuncia o governo Ibaneis Rocha (MDB), que, praticamente, não cumpriu nenhuma Meta do PDE. “São diversas metas que não foram cumpridas no governo Ibaneis e é necessário fazermos essa disputa do PDE e apresentar qual a educação que queremos, que seja uma educação verdadeiramente emancipadora e que possamos construir escolas livres de todo tipo de opressão

Dia Internacional dos Estudantes

Esta data foi criada em 1941, em Londres, uma iniciativa do Conselho Internacional de Estudantes, para homenagear os estudantes tchecos assassinados pelos nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial, numa universidade da antiga Tchecoslováquia.

Em 17 de novembro de 1939, a Federação Central de Estudantes Tchecoslovacos foi invadida pelos nazistas, vários dirigentes estudantis foram assassinados e outros levados para campos de concentração, locais em que sofreram com as cruéis torturas do Holocausto e mais assassinatos.

A repressão foi uma resposta do governo nazista aos protestos estudantis intensificados nos dias anteriores devido à morte de um estudante theco.

 

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