03 de dezembro | Dia Internacional da Pessoa com Deficiência
O Dia Internacional da Pessoa com Deficiência foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em outubro de 1992. No Brasil, temos também o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, dia 21 de setembro, fruto da iniciativa dos movimentos pelos direitos das pessoas com deficiência e oficializado em 2005, presidente Lula.
A intenção da ONU é enfatizar os significativos benefícios que a acessibilidade pode trazer, tanto para pessoas com deficiência quanto para a sociedade, e a promoção dessa ideia entre governos, empresas e população em geral. Essa é uma data de reivindicar igualdade, de combater o capacitismo e de refletir muito para construir um mundo onde todos possam se inserir livremente, do seu jeito, com as suas características.
Neste ano, o diretor do Sinpro Carlos Maciel fez parte da delegação brasileira à Conferência da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (COSP), que aconteceu em junho na cidade de Nova Iorque. Carlos Maciel é também dirigente da CUT-DF e integrante da Coddede (Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Distrito Federal). O tema dessa 17ª edição da conferência era “Repensar a inclusão das pessoas com deficiência na atual conjuntura internacional e antes da Cúpula do Futuro”.
Mundo do trabalho
No Brasil, marcos importantes das conquistas são a Lei Brasileira de Inclusão e a Lei de Cotas. Para o movimento sindical, a Lei de Cotas tem um significado especial, porque se trata de uma elaboração coletiva que interfere na organização do trabalho. Ela precisa estar em permanente atualização e aprimoramento, e sua aplicação precisa ser monitorada, para que efetivamente aconteça.
Em 2024, tivemos um dos maiores volumes de contratação de pessoas com deficiência na educação por reserva de vagas nos 33 anos de história da lei de cotas. Porém, as escolas ainda não são acessíveis, não há apoio técnico, tecnologia assistiva, nem diário de classe acessível para que professores(as) e orientadores(as) educacionais com deficiência possam trabalhar.
É obrigação do Estado oferecer ensino de qualidade 100% acessível para toda criança ou adolescente com deficiência, seja qual for sua condição. Para isso, são necessários profissionais de educação qualificados, valorizados e preparados para esse atendimento. É necessário que a escola disponha de espaços acessíveis e que as salas de recurso estejam adequadamente equipadas para receber esses estudantes.
Para garantir o direito das crianças e jovens com deficiência, é necessário investimento em educação especial na perspectiva da educação inclusiva. É preciso também que sejam disponibilizadas plenas condições de trabalho aos profissionais de educação com deficiência Essa é uma bandeira que o Sinpro levanta e que tem reforçado ainda mais!
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