Dia do(a) Coordenador(a) Pedagógico(a) e a luta por uma educação de qualidade

Dia do(a) Coordenador(a) Pedagógico(a) e a luta por uma educação de qualidade

Celebrado no dia 22 de agosto, o Dia do(a) Coordenador(a) Pedagógico(a) comemora a atuação de um(a) dos(as) profissionais mais importantes do processo ensino-aprendizagem. O(a) coordenador(a) pedagógico(a), eleito por seus pares, segundo o Regimento Escolar das Unidade Escolares da rede pública de ensino, é o(a) responsável por planejar, orientar, acompanhar e supervisionar as atividades didático-pedagógicas. Ele também é responsável por promover ações que contribuam para a implantação do currículo vigente nas escolas.

Não é à toa que o(a) coordenador(a) pedagógico(a) é considerado “maestro/maestrina” da escola e o(a) “articulador(a)” da comunidade escolar. A função é relativamente recente: foi instituída na década de 1970. Assim como a função/cargo de coordenador(a) pedagógico(o) é uma conquista da luta do movimento docente, as ações que compõem a coordenação pedagógica também é uma vitória da categoria do Magistério Público.


Coordenação pedagógica: uma conquista da categoria

A coordenação pedagógica é um espaço dentro e fora da escola de planejamento, reflexão, avaliação, construção, formação de todas as pessoas envolvidas na prática docente, com o objetivo de melhorar a qualidade da educação. Ela perpassa pela construção e elaboração do Projeto Político-Pedagógico (PPP) dentro da escola, de cada unidade escolar que tem autonomia de construir e de executar seu PPP. Essa autonomia está legitimada pela Lei nº 4.751/2012, da Gestão Democrática.

Em 1996, com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Básica (LDB), o papel desse(a) profissional ganhou uma dimensão diferenciada. Em vez de fiscalizar o trabalho dos(as) professores(as) e dos(as) orientadores(as) educacionais, o que o(a) tornava e o(a) confundia com a função do(a) supervisor(a) escolar, o(a) coordenador(a) pedagógico(a) passou a ter o papel de construir o projeto pedagógico da escola e implementá-lo. 

Em artigo publicado no Quadro Negro e intitulado “A coordenação pedagógica”, o ex-diretor do Sinpro, Assis, explica que a coordenação pedagógica é uma conquista histórica dos(as) profissionais da educação do Distrito Federal, pois a melhoria da qualidade da edcuação sempre foi pauta das lutas da categoria. Nas décadas de 1960 e 1970 não existia.

Ele explica que, no fim da década de 1970, ainda sob a orientação da LDB, os(as) professores(as) de 1ª à 4ª Série do Ensino Fundamental tinham o direito a um turno em um dia na semana para preparar material nos mimeógrafos a álcool para aplicar em sua turma. Nesse dia, a turma ficava com um(a) professor(a) dinamizador para que fossem desenvolvidas atividades recreativas e lúdicas. Esse modelo funcionou até meados da década de 1990.

E conta, ainda, que a luta da categoria levou o Governo do Distrito Federal (GDF) a implantar, em 1995, o Projeto Escola Candanga, que reestruturou o formato e o conceito de “coordenação pedagógica” nas escolas públicas do DF, com a implantação da jornada ampliada. O espaço da coordenação pedagógica é uma conquista valorosa que não podemos abrir mão. Trata-se de um instrumento de avanço na prática docente, na medida em que dá suporte técnico-pedagógico na ação coletiva do corpo docente no trabalho diário na escola.  Clique na imagem e confira o artigo na íntegra:

 

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