7 de junho: Dia Nacional da Liberdade de Imprensa

Em 7 de junho de 1977, um ano e oito meses após o assassinato do jornalista Vladimir Herzog, torturado até a morte por agentes do governo nos porões da ditadura militar, cerca de três mil jornalistas assinaram um manifesto exigindo o fim da censura e instauração de uma imprensa livre no Brasil. Considerando que o AI-5 ainda estava em vigor, foi um ato de coragem desses três mil profissionais.

Quarenta e cinco anos depois, a situação evoluiu e involuiu: saímos do AI-5, veio a Nova República e a Constituição Cidadã de 1988, o trabalho da imprensa ficou bem mais livre, até que veio o Jair.

Segundo a ONG Repórteres sem Fronteiras, o Brasil ocupa a posição 110 num ranking de 180 países com liberdade de imprensa diz a ONG que “as relações entre o governo e a imprensa se deterioraram significativamente desde a chegada ao poder do presidente Jair Bolsonaro, que ataca regularmente jornalistas e a mídia em seus discursos. A violência estrutural contra jornalistas, um cenário midiático marcado pela alta concentração privada e o peso da desinformação representam desafios significativos para o avanço da liberdade de imprensa no país.”

Imprensa livre é um dos pilares do Estado Democrático de Direito. A Constituição Federal de 1988 garante o direito à liberdade de imprensa no país e, em geral, o arcabouço legislativo brasileiro é bastante favorável ao livre exercício do jornalismo. Mas…

Diante de uma conjuntura em que a desinformação e a hostilidade assombram toda e qualquer relação de comunicação social, e Fake News pode ser qualquer coisa que você diga que desagrade um oponente seu, ainda mais em ano de eleições gerais, a diretoria colegiada do Sinpro urge para que toda a imprensa busque promover a informação e o conhecimento amplo, geral e irrestrito a todos, todas e todes. A escalada de desinformação tem que ser interrompida, pelo bem da democracia.