Dia do Orgulho Lésbico: 40 anos depois da 1ª grande manifestação, muitas lutas ainda a serem feitas

No dia 19 de agosto de 1983 foi realizada a primeira grande manifestação de mulheres lésbicas no Brasil, em São Paulo. O evento ficou conhecido como “Stonewall brasileiro”, e dá origem ao Dia do Orgulho Lésbico.

A data, comemorada anualmente, lembra a história e as lutas diárias das mulheres lésbicas, e mostra o caminho longo que ainda há para ser trilhado.

 

Políticas públicas importantes que incluem as mulheres lésbicas – assim como toda a comunidade LGBTQIA+ – foram conquistadas, como o Programa Brasil Sem Homofobia (2004), que traz ações de equidade de acesso aos serviços públicos; e a Política Nacional de Saúde Integral LGBT (2011), que traz parâmetros para efetivar o acesso à saúde ao público LGBTQIA+ e reafirmar a ideia de um SUS universal e humanizado.

Entretanto, mulheres lésbicas, sobretudo as negras, ainda são vítimas de violência, discriminação e preconceito. Elas têm menos oportunidades de emprego, renda e educação. Elas também têm mais chances de sofrer violência doméstica e abuso sexual.

Veja o que aponta o LesboCenso Nacional: Mapeamento de Vivências Lésbicas no Brasil, realizado pela Liga Brasileira de Lésbicas e pela Associação Lésbica Feminista de Brasília – Coturno de Vênus, em 2022. O levantamento ouviu 22 mil mulheres lésbicas de todo o país:


“É preciso que tenhamos a data como um momento de unidade na luta por uma sociedade mais justa e igualitária para todas as mulheres, independentemente de sua orientação sexual. As escolas são campos férteis para isso. É importante que discutamos o tema em sala de aula, façamos formação, nos engajemos em um assegurar um lugar seguro para estudantes e profissionais LGBTQIA+”, avalia a diretora do Sinpro Ana Cristina Machado.

A dirigente sindical lembra que o dia 28 de agosto será realizada reunião do Coletivo LGBTQIA+ do Sinpro, para discutir questões relacionadas aos desafios, enfrentamentos, além do orgulho e visibilidade lésbica. A atividade, agendada para 19h, na sede do Sindicato, traz entre os temas “Mulheres Lésbicas e a luta por direitos e ocupação de espaços de poder”; “Maternagem Lésbica”; e “Currículo em Movimento, Legislação e a importância da formação/informação para o empoderamento e luta das mulheres/trabalhadoras Lésbicas”.

Denuncie
Toda delegacia deve atender vítimas de crimes contra a LGBTQIA+fobia. Basta registrar Boletim de Ocorrência e buscar ajuda de testemunhas para mover ação. A denúncia também pode ser feita pelo Disque 100, canal de Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos.

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