Dia do físico e da física

Neste dia 19 de maio, há 119 anos, Albert Einstein publicava seu artigo sobre a teoria da relatividade. Por conta disso, a data de hoje é reconhecida nacional e internacionalmente como o dia da física e do físico, as pessoas que estudam as propriedades gerais dos corpos e das leis que alteram seu estado ou movimento.

Com o “Novo” Ensino Médio, a disciplina de Física não é mais obrigatória para o currículo. Mas é uma área do conhecimento humano em que as mulheres brasileiras apresentam inúmeros estudos relevantes, e são destaque até mesmo na Nasa.

Na foto abaixo, oito brasileiras de destaque no universo da Física. São elas:

Elisa Frota Pessoa (1921-2018) – Uma das pioneiras da ciência no país. Fundadora do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e a segunda mulher a se formar em física no Brasil, em 1942 (a primeira, Sonja Ashauer, graduou-se pela USP no mesmo ano. Também está nesta lista). Elisa se destacou pelos estudos de radioatividade ligados a emulsões nucleares.

Sônia Guimarães (1957- ) – Essa paulistana é a primeira mulher negra e brasileira a ser doutora em Física, e a primeira negra a lecionar no ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica). Foi a primeira pessoa da família a ingressar em um curso superior. Seu me4strado, na Universidade Federal de São Carlos, é sobre Desenvolvimento da Técnica Elipsométrica para Caracterização Ótica de Filmes Finos.

Katemari Rosa (1979-) – Gaúcha de Porto Alegre, Katemari formou-se em Física e fez mestrado em Ensino, Filosofia e História da Ciência. No doutorado, especializou-se em Educação Científica.  Atualmente, integra o Grupo de Trabalho de Minorias na Física, dentro da sociedade brasileira de física, onde ela desenvolve o projeto “Contando nossa história atual: negra e negros nas Ciências, Tecnologias de Engenharias no Brasil”.

Chien-Shiung Wu (1912-1997) – Conhecida como “A Primeira Dama da Física”, ela batiza o “experimento de Wu”, que refutou a lei de conservação da paridade na física de partículas. Nasceu em Xangai, numa época em que não se permitia a todas as meninas estudar. Ela frequentou a escola para meninas que seus pais conseguiram fundar.

Vivian Miranda (1986) – Carioca da gema, ela mora nos Estados Unidos. É a primeira mulher trans brasileira à frente do desenvolvimento de um satélite avaliado em US$ 3,5 bilhões, em parceria com a Nasa. Tem pós-doutorado em astrofísica pela Universidade do Arizona, onde trabalha com pesquisa atualmente.

Sonja Ashauer (1923-1948) – Primeira mulher brasileira a se formar em física pela USP, ela também é a primeira brasileira a concluir o doutorado em física, pela Universidade de Cambridge (Inglaterra). Pesquisou vários problemas relacionados à mecânica quântica. Morreu precocemente, aos 25 anos.

Yvonne Mascarenhas – (1931) – Paulista de Pederneiras. Yvonne foi a primeira mulher presidente da Sociedade Brasileira de Física (SBF) e a primeira a receber a Medalha de Ouro da Sociedade Brasileira de Física. Seu trabalho ajudou a impulsionar a pesquisa em física de materiais no país.

Amélia Império Hamburger – (1932-2011) – Outra paulistana, graduou-se pela USP em 1954 e foi trabalhar com os físicos Philip Smith e Oscar Sala no acelerador de partículas Van der Graaf. Em 1958, publicou um artigo no primeiro número da recém-criada revista Physical Review Letters sobre reações nucleares no C14 e C13. Um segundo trabalho, mais completo, foi publicado na Physical Review em 1960, ano em que conclçuiu seu mestrado em Pittsburgh e voltou ao Brasil.

 

 

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