Dia da conscientização do autismo

Neste 2 de abril é comemorado o dia de conscientização do autismo. A data foi instituída mundialmente pela ONU em 2007, e nacionalmente pela Lei 13.652/2018, sempre com a ideia de promover conhecimento sobre o espectro autista. Mas no DF de Ibaneis Rocha essa data lembra o descaso para com crianças e jovens do espectro autista em fase escolar.

Atualmente o autismo é classificado em três níveis.

  • Nível 1 – pouca necessidade de suporte
  • Nível 2 – necessidade de suporte moderada
  • Nível 3 – muita necessidade de suporte

Esses suportes (que, no Brasil, são direito das pessoas do espectro autista, e dever do estado de prover) são realizados por equipes multidisciplinares (médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e educadores físicos). Conferem às pessoas do espectro autista maior autonomia e qualidade de vida.

A rede pública do Distrito Federal tem uma das equipes profissionais mais bem preparadas de todo o território nacional para lidar com crianças do espectro autista e outras demandas específicas. A rede distrital oferece turmas comuns inclusivas e também classes especiais para alunos com TEA com nível de suporte maior. Mas em todas as regionais de ensino surgem denúncias de fechamento de turmas especiais, e alunos com necessidades específicas matriculados de qualquer forma em turmas regulares. Os professores e as professoras dessas turmas acabam fazendo o trabalho de dois profissionais, pois não há monitor suficiente para dar conta dessa demanda.

O fechamento de turmas especiais é efeito colateral da superlotação de todas as turmas da rede distrital de educação. Os(as) alunos(as) especiais, com demandas específicas e mais constantes, são os que mais sofrem com esse descaso e negligência.

Resultados: profissionais sobrecarregadas(os) e estressadas(os), e crianças e jovens negligenciadas(os). Essa situação é uma preocupação do Sinpro, que vem denunciando a escalada desse problema ano a ano.

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