Deputados distritais se mobilizam por isonomia no aumento do auxílio alimentação para servidores públicos

Uma mobilização feita por deputados(as) distritais durante sessão plenária na última quarta-feira (09) colocou na pauta da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) a isonomia no aumento ao auxílio alimentação para os(as) servidores(as) públicos(as). A movimentação dos(as) parlamentares é uma resposta às reivindicações feitas pelo Sinpro e por outras categorias de servidores(as) públicos para que o aumento no valor do benefício fosse estendido para além dos policiais civis, ou seja, para as demais categorias de servidores públicos, sejam civis ou militares.

Na última quinta-feira (03) o governador Ibaneis Rocha encaminhou dois projetos de lei à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) propondo equiparação de benefícios já garantidos a outras forças de segurança pública da capital do País para a Polícia Civil. Um PL concede auxílio-alimentação suplementar no valor de R$ 392 (já recebem R$ 458 com recursos do Fundo Constitucional do Distrito Federal), e outro concedendo auxílio-fardamento no valor de R$ 3 mil.

Para se ter uma ideia da defasagem do valor entre as categorias, o magistério público recebe vale alimentação no valor de R$ 394.50, benefício que não é reajustado há 10 anos. Além de ser uma gratificação totalmente insuficiente, vista a disparada dos preços motivados pelo aumento da inflação, os(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais, a exemplo das outras 30 categorias de servidores públicos, ainda estão há 7 anos sem nenhum tipo de reajuste salarial.

O deputado Professor Reginaldo Veras (PDT) afirmou que é “preciso ampliar o debate sobre a situação de todos(as) os(as)servidores(as), da educação, saúde, assistência social, bem como da administração direta, que estão há 10 anos sem aumento”. A reivindicação foi seguida pela deputada Arlete Sampaio (PT), que reconheceu a importância em ter isonomia no aumento de benefícios para os(as) servidores(as).

O Sinpro entende que é justo o aumento do benefício para os(as) policiais civis, mas questiona o porquê da exclusão do magistério público por parte do governo do DF neste processo. O sindicato não utiliza nem utilizará como critério de merecimento para o aumento do benefício o grau de importância dos serviços públicos para a sociedade. Todos exercem papel fundamental e essencial para a população. Por isto é justa a exigência por tratamento igual e isonômico, fato que prega a lei.

Segundo a diretora do Sinpro Rosilene Corrêa, o valor do auxílio-alimentação é tão irrisório que não compra sequer uma cesta básica. “Nossa categoria merece o mesmo respeito e a mesma atenção dada a outras. Estamos há sete anos sem reajuste salarial, há dez anos sem acréscimo no valor do vale alimentação, e isto é totalmente inaceitável. A cada dia a inflação diminuiu nosso poder de compra e não vamos aceitar um tratamento desigual, como o que foi mostrado pelo governo. Exigimos tratamento igual para todos os servidores públicos”, afirma Rosilene.

A diretoria do Sinpro exige que essa distorção e falta de isonomia no tratamento das categorias por parte do GDF seja revista o quanto antes, e que os(as) deputados(as) distritais corrijam esta falha, aprovando a isonomia no tratamento entre as carreiras.

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