Datafolha aponta: maioria dos brasileiros defende educação sexual nas escolas

As revistas Fórum e Veja, além do Jornal Folha de São Paulo, publicaram essa semana uma pesquisa recente do Data Folha que aponta que a maioria da população brasileira é favorável a dois pontos que incomodam os defensores da Lei da Mordaça. Segundo a pesquisa, que todos podem conferir abaixo, a maioria da população é contra a Lei da Mordaça.

Segundo levantamento do Datafolha, para a maioria da população brasileira, educação sexual e temas políticos devem ser abordados nas salas de aulas do país. O tratamento desses dois assuntos nas instituições de ensino tem sido alvo de críticas e ataques de grupos conservadores e religiosos, de acordo com informações de Paulo Saldaña, da Folha de S.Paulo.

O apoio dos brasileiros para assuntos políticos nas escolas tem apoio de 71% dos pesquisados, sendo que 54% apoiam totalmente. O percentual de apoio a esse tema nas escolas é maior do que a discordância em todos os recortes analisados pelo instituto.
Já o apoio à educação sexual nas escolas atinge 54% e é maior entre as mulheres do que entre homens (56% e 52%, respectivamente), mas fica empatado na margem de erro.

O Datafolha entrevistou 2.077 pessoas em 130 municípios, nos dias 18 e 19 de dezembro. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Entre os contrários da educação sexual e de assuntos políticos nas aulas, o argumento principal é que o papel da escola é dar enfoque apenas ao ensino dos conteúdos considerados clássicos. Em contrapartida, os favoráveis entendem que a escola tem um papel mais amplo na formação de cidadãos.  ​

“Escola sem Partido”

Desde 2014, há inúmeros projetos inspirados no movimento “Escola sem Partido”, que prevê limitar o que o professor pode falar em sala de aula e proibir citações à política, gênero e educação sexual.

Partidários do movimento acusam professores de uma suposta doutrinação de esquerda. Jair Bolsonaro ganhou notoriedade em sua carreira política por ser contra a abordagem do que ele e outros chamam de “ideologia de gênero”.

Com informações da Revista Fórum