CUT vai às escolas debater sobre organização sindical e social

Os alunos do EJA (Educação de Jovens e Adultos) do Caic Tancredo de Almeida Neves, em Valparaíso (GO), tiveram uma aula diferente nessa quinta-feira (4) à noite. A turma formada majoritariamente por trabalhadores recebeu com atenção o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto, que dialogou sobre organização social/sindical como instrumento de emancipação do cidadão.
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Sentados em roda, os alunos conheceram um pouco da história dos movimentos sindical e social; entenderam o que é solidariedade de classe; discutiram sobre a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas); tiraram dúvidas sobre direitos e deveres do cidadão; e dialogaram sobre temas como assédio moral e precarização da mão de obra através da subcontratação ilimitada do trabalho (PL 4330, PLC 30 no Senado).
A ideia foi da professora Olízia Alves Silva, que orienta o EJA há mais de 15 anos. Olízia, que é presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Valparaíso e dirigente da CUT Brasília, vê de perto, no dia a dia, a importância de a classe trabalhadora realmente se apropriar da organização social/sindical. Para ela, este é o único caminho para que o cidadão garanta a dignidade. “O tema Organização Social/Sindical faz parte do conteúdo programático do EJA. Então, é mais do que importante trazermos até os alunos dirigentes sindicais e de movimentos sociais para abordarmos essa questão. Apesar de serem quase na totalidade trabalhadores, ainda é muito superficial o entendimento dos alunos sobre a organização sindical e social, o que é grave, pois somente através desse tipo de organização poderemos ampliar conquistas e direitos, sermos cidadãos de verdade. Não dá para esperarmos de governo. Temos que estar juntos para sermos fortes”, explica Olízia.
“Queremos colaborar com a construção do senso crítico dos alunos e alunas, formar e alertar sobre a importância da participação de cada um e de cada uma nas organizações sindicais e sociais para que sejam protagonistas da construção de seus futuros”, afirma o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Brito.
De acordo com Olízia Silva, a intenção é de estender o projeto a outras escolas. “Este foi nosso projeto piloto. Queremos ampliar, levar para outros alunos e outras alunas. Estamos dispostos a formar, a orientar”, diz.
Fonte: CUT Brasília