CUT repudia postura violenta e intransigente do governo Rollemberg

Nesta quarta-feira, 28 de outubro de 2015, data que homenageia os servidores públicos em nosso país, fiquei estarrecido com os acontecimentos que ocorreram e presentearam de forma negativa e violenta os servidores públicos do Distrito Federal, em especial nossos educadores.

Em virtude do não cumprimento de lei distrital que garante reajuste na remuneração dos professores a partir deste mês de outubro, a categoria entrou em greve no último dia 15 após várias tentativas frustadas de diálogo e negociação com o governador Rodrigo Rollemberg.

O movimento paredista ocorreu ao longo dos últimos dias buscando sensibilizar o governador Rollemberg sobre a necessidade de valorizar nossos professores e cumprir a lei, que por sinal foi questionada sem êxito pelo Ministério Público junto ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal, reforçando a obrigação de cumprimento pelo Estado.

Seguindo o espírito de abrir efetivo canal de negociação com o governo Rollemberg e mostrar para a sociedade o desmonte que tem ocorrido com o ensino, e o serviço público em geral, do Distrito Federal, professores e orientadores realizaram atos no final do eixo norte e sul. Além dos servidores da educação, trabalhadores rodoviários, de transporte de valores e outras categorias CUTistas participaram da atividade em defesa dos servidores públicos da capital federal, exercendo um princípio balizador da atuação da CUT, a solidariedade de classe.

12049679_1041850885867379_1474183357866090912_n12072616_1041851412533993_2267214712199018632_n12189673_1041850405867427_5585598116333580080_n 12191948_1041854465867021_3299892902880334597_nInfelizmente, o “reconhecimento” pela data tão importante foi dado pelo governador Rollemberg da pior forma possível ao utilizar forte e exagerado aparato policial para acabar com a manifestação. O policiamento de choque agrediu verbalmente e fisicamente diversos trabalhadores, com balas de borracha e gases, e ainda levou vários professores e rodoviários presos, tendo entre eles diretores do Sindicato dos Professores e do Sindicato dos Rodoviários, além da vice-presidenta da CUT, Meg Guimarães, que foi agredida e violentamente retirada do assento do passageiro do carro em que se encontrava.

Por estes motivos, além da indiferença com que o governo do Distrito Federal tem tratado os trabalhadores de Brasília, manifesto de forma contundente meu repúdio ao governador Rollemberg e afirmo que a Central Única dos Trabalhadores (CUT Brasília) e suas entidades filiadas estarão juntas com os servidores públicos atuando em todas as frentes para garantir o cumprimento das leis e de seus direitos, bem como um serviço público de qualidade à população. Afinal, não aceitaremos o calote proposto e praticado pelo senhor Rodrigo Rollemberg nem o sucateamento dos serviços públicos e a penalização da população com aumentos de tarifas e impostos promovida pelo GDF.

         Brasília, 29 de outubro de 2015.

                       Rodrigo Britto

                 Presidente CUT Brasília