CUT é central para a reconstrução do Brasil, avalia diretora da CNTE

   

A diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) Rosilene Corrêa afirmou que a conscientização política da população brasileira é tarefa imprescindível da Central Única dos Trabalhadores (CUT) para reconstruir o Brasil. A avaliação da dirigente sindical foi feita em sessão solene na Câmara Legislativa do DF, nessa segunda-feira (4/9), em homenagem aos 40 anos da Central.

“Temos um Executivo com vontade fazer, uma classe trabalhadora que precisa de muitas mudanças, mas um Congresso Nacional que não está do nosso lado. Precisamos mudar essa correlação de força. Cabe a nós eleger representantes da classe trabalhadora. Se olharmos para dentro do Congresso, não são os trabalhadores rurais que estão lá, são os latifundiários; quem está lá, em sua maioria, são os grandes empresários; quem está lá pela educação, são donos de escolas ou quem tem relação próxima com a educação privada. É papel nosso mudar essa realidade”, avalia Rosilene Corrêa, que também é dirigente da CUT Nacional.

No evento, o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues, afirmou que a Central “tem o desafio de reconstruir o Brasil onde o bolsonalrismo ainda existe”. Para ele, essa reconstrução deve ser pavimentada na geração de empregos; no resgate dos direitos roubados; na valorização dos sindicatos; no fortalecimento dos serviços e empresas públicas; na regulação das novas formas de contratação trabalhista; na garantia dos direitos previdenciários e da seguridade social para todos e todas.

Segundo Rodrigo Rodrigues, essa reconstrução passa, necessariamente, pelo respeito aos princípios da CUT, de “autonomia, independência, liberdade de organização, defesa da democracia e, sobretudo, solidariedade de classe”.

O deputado Chico Vigilante (PT), que foi o primeiro presidente da CUT-DF, resgatou a história da Central nessas quatro décadas e comparou o momento do nascimento da CUT aos dias de hoje, na perspectiva dos desafios. Ele lembrou que, há 40 anos, a CUT surgiu para defender a classe trabalhadora e garantir os direitos às diversas categoria. Agora, 40 anos depois, a Central, para o parlamentar, precisa se manter “alerta e vigilante” para barrar a investida contra a organização da classe trabalhadora, realizada pelos mesmos setores reacionários que insistem em dar um golpe no Brasil desde 1964.

“A Central nasceu para combater tudo isso, e é por isso que todos nós temos que continuar acreditando na Central Única dos Trabalhadores: o mais perfeito e potente instrumento de luta de classe neste país. Vida longa à CUT”, discursou o deputado Chico Vigilante.

Ainda participaram da sessão solene em homenagem aos 40 anos da CUT a deputada federal Erika Kokay (PT-DF), os deputados distritais Gabriel Magno (PT) e Max Maciel (PSol), a supervisora do Dieese em Brasília, Mariel Angeli Lopes, o atual presidente do Iphan, Leandro Grass, João Vicente Goulart (PCdoB) e lideranças sindicais de várias categorias de trabalhadores.

 

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