CUT Brasília integra ações pelo fim da violência contra a mulher

O Coletivo de Mulheres da CUT Brasília reafirmou nesta terça-feira (22/11) a participação ativa nas atividades que compõem a campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”, iniciada no último dia 20. Várias atividades já foram agendadas para a ação que, neste ano, tem como tem “Machismo. Já passou da hora. #podeparar”.
A primeira atividade relativa ao tema, com a participação da CUT Brasília, foi realizada nessa segunda (21). Dirigentes sindicais de várias categorias panfletaram em frente à Agência Nacional de Águas (ANA) para denunciar caso de assédio sexual contra uma trabalhadora terceirizada da agência reguladora.
A próxima atividade do calendário pelo fim da violência contra a mulher será nesta quinta (24), convocada pela deputada federal Erika Kokay (PT-DF). A atividade consiste em um ato, chamado “Unid@s pelo fim da violência contra a mulher”, que será realizado das 17h às 19h, na rodoviária do Plano Piloto.
Outra atividade importante será realizada no dia 6 de dezembro: Dia do Laço Branco, campanha que tem como objetivo sensibilizar, envolver e mobilizar os homens no engajamento pelo fim da violência contra a mulher. Neste dia, trabalhadores e trabalhadoras do DF darão um abraço simbólico à Casa da Mulher Brasileira, espaço de 3.671 m2 divididos em seis blocos funcionais, que reúnem serviços de delegacia, juizado, defensoria pública, apoio psicossocial, abrigo para alojar mulheres vítimas de violência por até 48 horas e uma brinquedoteca com monitores para as crianças que acompanharem as mulheres, com funcionamento 24 horas todos os dias da semana. Embora a importância da Casa da Mulher Brasileira, lançada no governo Dilma, o espaço foi desativado, curiosamente, após o golpe de Michel Temer.
“A violência contra a mulher é uma triste realidade que deve ser combatida todos os dias, em todas as instâncias, das diversas maneiras possíveis. Este tema não tem qualquer chance de fazer parte da agenda do presidente ilegítimo Michel Temer. Por isso, nós dos movimentos sindical, sociais e estudantil temos que unir forças e dizer um basta a isso”, avalia a secretária de Mulheres da CUT Brasília, Sônia de Queiroz.
Empoderamento na base
De acordo com Sônia de Queiroz, a partir de fevereiro de 2017, serão realizadas rodas de conversa nos sindicatos, com a participação de dirigentes e da base sindical. Nos encontros, serão tratados temas que empoderem as mulheres, como feminismo, a história da classe trabalhadora com foco na mulher, entre outros assuntos. A primeira roda de conversa será no Sindetran.
Feminicídio
O Brasil é o quinto país do mundo em número de assassinatos de mulheres, segundo o Mapa da Violência de 2015. Esse e outros dados de violência de gênero foram reunidos no Dossiê Feminícídio, lançado em novembro pelo Instituto Patrícia Galvão. O levantamento também faz um alerta para a importância de dar visibilidade ao cenário de violência, a fim de mudar práticas consideradas normais que podem, no entanto, resultar em mortes.
Veja abaixo o calendário completo de atividades pelo fim da violência contra a mulher no DF
75d06610-1790-40e7-888d-5ad3cbc58acd